quarta-feira, janeiro 16, 2013

Assessor do deputado Henrique Alves pede demissão e é a primeira baixa após escândalos

Henrique Alves recebe demissão de assessor (Divulgação)

O empresário Aluízio Dutra é a primeira baixa após os escândalos envolvendo o deputado federal Henrique Alves (PMDB) denunciados pela revista Veja, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo no final de semana passado.
Sócio da Bonacci Engenharia e Comércio Ltda., Aluízio Dutra acessou mais de R$ 1,2 milhão em contratos com o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs). O órgão está sob comando de "afilhados" de Henrique Alves (PMDB) desde o final do governo Lula em 2010.
Além das funções de empresário e assessor parlamentar, Aluízio Dutra também é o tesoureiro do PMDB no Rio Grande do Norte. Ele acompanha Henrique Alves desde 1998.
Em carta de demissão, ele admitiu sair devido ao escândalo, mas negou irregularidades. "Diante dos questionamentos suscitados pela imprensa envolvendo o meu nome como sócio quotista de empresa na qual nunca exerci função de gerência e embora os atos questionados tenham sido praticados através de licitação e fiscalizados pelos órgãos de controle estatal, como CGU e TCU, pedi minha exoneração do cargo em caráter irrevogável", afirmou.
Além dessa questão do Dnocs, Henrique também é acusado de usar R$ 8.500 da verba de gabinete para contratar os serviços da Global Transporte, uma empresa em nome de laranja.
Outro problema para o deputado potiguar diz respeito ao envio de US$ 15 milhões enviados ilegalmente para o exterior. A denúncia que naufragou a candidatura de Henrique à vice-presidência em 2002 foi publicada pela revista IstoÉ e partiu da ex-mulher dele, Monica Azambuja.
Segundo o Estado de S. Paulo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou, em novembro, o pedido de suspensão da liminar que quebrava sigilo bancário e fiscal do parlamentar. 
Henrique diz que denúncias fazem parte do "jogo pré-eleitoral"
O deputado federal Henrique Alves se manifestou sobre as denúncias em evento da sua candidata a presidente da Câmara, em Porto Alegre.
Ao se defender, ele argumentou que tudo que está acontecendo faz parte do "jogo pré-eleitoral".
O peemedebista ironizou dizendo que em mais de mil emendas só encontraram irregularidades em três. "Se eu for relacionar a quantidade de emendas, de convênios que eu destinei ao meu Estado e ao meu município nos últimos dez anos, chega a mil. De repente, sou acusado de três emendas ali ou acolá. É um negócio difícil de entender, mas, como democrata, tenho que aceitar", lamentou.
O deputado foi à capital gaúcha participar de um almoço organizado pelo PMDB com cerca de 20 congressistas gaúchos. Ao falar aos convidados, ele disse que não pode haver "subserviência" do Congresso ao governo e prometeu remodelar a TV Câmara para melhorar a imagem do Legislativo.
Alves classificou como "humilhante" duas situações frequentemente vividas pelos deputados: a longa espera para marcar audiência com ministros e o contingenciamento de emendas individuais.

Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú

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