sábado, outubro 06, 2012

Servidores do Itep gravam vídeo denunciando calamidade na estrutura física do órgão

Ossos_dentro_de_baldes_e_ossos_acumulados_em_locais_inapropriados

Servidores do Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) enviaram um vídeo à imprensa denunciando as condições precárias e a falta de estrutura do órgão em Natal, onde os servidores trabalham com material improvisado e convivem com corpos apodrecidos a céu aberto.
O material produzido pelos funcionários foi mostrado ao público durante um protesto realizado na capital pelos servidores em greve. De acordo com o vídeo, as cenas chocantes são para sensibilizar a população e chamar a atenção do governo para o descaso que os funcionários sofrem.
Em uma das cenas gravadas, aparecem ossos humanos armazenados em baldes, galpão coberto com lona rasgada, pedaços de serras que são utilizados para cortar crânios dos cadáveres, além de geladeiras cheias e agulhas de costurar corpos feitas de hastes de cabo de guarda-chuva.
O vídeo mostra ainda paredes sujas, piso irregular, portas sem trancas, dentre outros problemas. "As cenas chocantes visam chamar a atenção da imprensa e da população para o caos que nós servidores do Itep vivemos. Queremos que o governo tome as medidas cabíveis e torne o órgão com condições mais dignas de se trabalhar", destacou. 
Versão do Itep
A reportagem do O Mossoroense entrou em contato com a sede do Itep de Natal para que o órgão se pronunciasse diante das acusações. Através da assessoria de imprensa, o diretor Nazareno de Deus Costa disse que as acusações dos servidores são exageradas e fogem do contexto atual do órgão.
De acordo com a assessoria, recentemente o Itep passou por reformas internas e angariou uma geladeira frigorífica top de linha, que custou R$ 378 mil e nunca preencheu as 25 gavetas que ela dispõe para armazenar os corpos.
As imagens que mostram ossos humanos dentro de baldes com água são verídicas e fazem parte de um procedimento normal, segundo a direção.. Através de nota, a assessoria descreveu que os ossos são provenientes de cadáveres encontrados já em avançado estado de putrefação e por esse motivo não são armazenados em geladeiras e ficam em uma área coberta nas dependências do Itep.
A nota explica também que os ossos dentro de baldes são colocados para largar a massa muscular que ainda resta no cadáver, procedimento adotado em qualquer uma das unidades. Com relação às agulhas improvisadas, a assessoria explicou que são os próprios peritos que improvisam, devido serem mais resistentes do que as industriais.

Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú

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