quinta-feira, outubro 18, 2012

Gigante de Caxias é 6 cm mais alto que homem considerado o maior do Brasil


Rafael é mais alto que o chuveiro de sua casa, em Caxias (Foto: Reprodução/Rede Record)
Com 2,35 m de altura, Rafael França do Nascimento, o Gigante de Duque de Caxias, pode ser o homem mais alto do Brasil. Aos 25 anos, o jovem da Baixada Fluminense supera em 6 cm Joelisson Fernandes da Silva, atualmente dono do recorde. Conhecido como Ninão, o paraibano de 27 anos vive na discreta Assunção, a cerca de 230 km de João Pessoa.

Embora a fita métrica não o deixe mentir, Rafael precisará comprovar oficialmente sua estatura, caso esteja de olho no título de "gigante nacional". Para superar Ninão nos registros do RankBrasil, instituição responsável pelos recordes no País, ele terá que lançar mão de um atestado médico — com altura e medidas de tronco e membros — autenticado em cartório, além de um álbum de fotos. De acordo com a gerente comercial da empresa, Flávia Santos, o processo de reconhecimento pode ser feito de duas maneiras.

— A nossa equipe pode ir até o local e fazer toda a medição, com médicos e especialistas ou então o interessado pode nos enviar um atestado autenticado, junto com fotos. O material passará por análise rigorosa. Se aprovado, o recorde é consignado e ele ganha um troféu e um certificado.

A taça e o diploma de maior homem brasileiro poderiam ajudar Rafael a realizar um antigo sonho. Segundo Flávia, ações de marketing poderiam ajudá-lo a conseguir uma chuteira adequada aos pés tamanho 52-54.

— Não poderia prometer que daríamos uma chuteira a ele, mas poderíamos criar ações que facilitem isso [com empresas de material de esportivo]. E é uma coisa que chama muito a atenção.

Na disputa pela maior estatura do País está ainda um homem que teria cerca de 2,34 m, mas ainda não conseguiu figurar no RankBrasil. A empresa paranaense aguarda a documentação exigida no processo de oficialização da marca.

Tímido, Rafael não encara com naturalidade os seus centímetros a mais e fica pouco à vontade ao comentar o assunto. A altura fora do comum o atrapalha na hora de tomar banho, andar de carro e até mesmo dormir. Ele reclama de ter que "dar um jeitinho" para cumprir tarefas simples.

Caminhando na contramão do Gigante de Caxias, Ninão abraçou o recorde com gosto e tenta pegar carona na fama para colocar as mãos em um cargo político. Nas últimas eleições, ele apostou na popularidade e concorreu ao cargo de vice-prefeito de sua cidade natal. A estratégia não deu certo. O candidato dele teve quase a metade dos votos do único adversário.

Na disputa pelo título brasileiro, Ninão e Rafael ficam bem atrás do homem considerado o mais alto do mundo pelo Livro dos Recordes. Prestes a completar 30 anos, o turco Sultan Kosen chegou aos 2,51 m. Em março passado, após uma temporada de tratamento nos Estados Unidos, Kosen, que precisa de muletas para se equilibrar, parou de crescer.

O R7 tentou contato com a família de Rafael para saber se ele pretende solicitar o registro do recorde, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.

Tratamento
Segundo especialistas, casos como o de Rafael precisam de acompanhamento médico constante, uma vez que as pessoas identificadas com esse problema correm risco de ter diabetes e doenças cardiovasculares. Há risco de morte.

Quando a produção exacerbada do hormônio do crescimento acontece em crianças, a hipótese mais clara é a do gigantismo, assim como ocorreu com o jovem de Caxias. Além das extremidades, crescem também os ossos, sobretudo os das pernas e dos braços.

Se a anomalia é detectada em pessoas já adultas, os efeitos não interferem na altura, uma vez que a cartilagem está formada, o que configura uma acromegalia. Em geral, os resultados notórios são aumento desproporcional do queixo, nariz, língua, pés e mãos.

No Rio de Janeiro, o centro de referência para tratamentos de neuroendocrinologia — especialidade que engloba gigantismo e acromegalia — é ligado à faculdade de medicina da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na Ilha do Fundão, zona norte. O Iede (Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia), na rua Moncorvo Filho, no centro, também atende casos do tipo.

Fonte: R7/Cidade News Itaú

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