sábado, março 10, 2012

Polícia Civil do RN está entre as piores em número de delegados

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte está entre as piores do Brasil no que diz respeito ao número de delegados por habitantes. A situação foi revelada ontem pelo Conselho Nacional do Ministério Público, que verificou a situação da Polícia Judiciária em todos os estados-membros do Brasil. O RN é o terceiro pior na re-lação delegado/habitante.
A média de delegados por habitantes no Rio Grande do Norte é de apenas cinco para cada 100 mil pessoas. No Estado do Amapá, líder, a relação é de 19,74 para cada 100 mil. Essa mesma média do RN se repetiu no Paraná e Alagoas.
Os dados são do Diagnóstico das Investigações em Homicídios, realizado em todo o Brasil em dezembro de 2011 e divulgado nacionalmente hoje em articulação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A iniciativa é uma das ações realizadas pela Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (ENASP).
A pesquisa trata da estrutura de pessoal e de equipamentos da Polícia Civil, das formas de comunicação entre MP e Polícia, do fluxo da persecução penal e da capacitação dos agentes. O objetivo é identificar problemas na persecução penal dos crimes de homicídio e, a partir daí, discutir propostas e implementar mu-danças para superar as dificuldades.
Após a divulgação do estudo, o delegado-geral da Polícia Civil do RN, Fábio Rogério, reconheceu as dificuldades enfrentadas atualmente pela Polícia Civil norte-rio-grandense e falou na possibilidade de convocar novos delegados para amenizar essa situação crítica.
Fábio Rogério confirmou que há dificuldade no trabalho da Polícia Judiciária devido ao baixo número de delegados pelo Estado. Para tentar amenizar o problema, o Governo, de acordo com o delegado-geral, vem se esforçando para ampliar os quadros da Polícia Civil e a expectativa é que mais profissionais sejam convo-cados.
Em 2008, o estado promoveu concurso público que previa o preenchimento de 90 vagas para o cargo de delegado, além de vagas para agentes e escrivães. No entanto, mesmo após o curso de formação, somente nove delegados, nove escrivães e 53 agentes foram convocados no início do ano. Agora, Fábio Rogério projeta a convocação de mais 19 delegados para os próximos meses.

Fonte: Defato

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