sábado, março 24, 2012

Donos de site que apoiou agressão de garota do RN são presos no PR

 
Dois rapazes foram presos pela Polícia Federal, em Curitiba (PR), acusados de manter um site que fazia apologia de crimes contra mulheres, negros, nordestinos, judeus e outras minorias populacionais. Em uma das postagens, a dupla postou mensagem apoiando a agressão contra uma jovem natalense, em uma boate da capital potiguar. A jovem foi agredida porque simplesmente recusou-se a beijar o agressor.
A operação foi deflagrada quarta-feira, em Curitiba, batizada como "Intolerância", pela Polícia Federal. Foram presos Emerson Eduardo Rodrigues e Marcello Valle Silveira Mello, apontados como responsáveis pelo conteúdo publicado no domínio silviokoerich.org. 
Segundo divulgou a Polícia Federal, o site postava fotos de mulheres ensanguentadas, apoiando a violência, que segundo eles, justificava-se apenas pelo fato das vítimas terem relações afetivas com negros.
Em uma das sessões de apologia à violência doméstica, tão combatida no Brasil, eles referiram-se ao caso da agressão da estudante natalense Rhanna Diógenes, que teve o braço quebrado após recusar as investidas de um rapaz em uma casa noturna de Natal. A agressão aconteceu no ano passado.
Usando o apelido "Búfalo Viril", eles postaram uma mensagem de apoio ao comerciante Rômulo Lemos do Nascimento, 23, que quebrou o braço de Rhanna após ela ter recusado uma investida sua numa boate.
Após o massacre de Realengo, que deixou 12 crianças mortas no ano passado, o site trouxe uma mensagem afirmando que o "búfalo estava rindo" do acontecimento.
Os dois podem responder pelos seguintes crimes: de incitação ou indução à discriminação ou preconceito de raça, por meio de recursos de comunicação social; incitação à prática de crime e publicação de fotografia com cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente. A lista de acusações pode ser ainda maior, já que a PF vai analisar o material apreendido na casa dos suspeitos.

A Agressão
A estudante de direito Rhanna Diógenes teve o braço quebrado após recusar as investidas de um rapaz em uma casa noturna de Natal, no dia 30 de setembro de 2011. O caso teve grande repercussão na mídia estadual e nacional.
Em outubro do ano passado, a Polícia Civil concluiu a investigação e indiciou o comerciante Rômulo Lemos, mas não teve a prisão solicitada.
Caso seja condenado por lesão corporal grave, Rômulo Lemos poderá ser condenado de um a cinco anos de prisão.

Fonte: Defato

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