terça-feira, março 27, 2012

Agripino diz que parente empregado em seu gabinete é de 6º grau

 

O presidente nacional do Democratas, senador potiguar José Agripino Maia, enviou correspondência à imprensa ontem para se defender de acusações feitas pela revista Época, que veiculou reportagem apontando caso de nepotismo praticado por Agripino.
A reportagem informa que o senador potiguar empregou, em seu gabinete no Senado Federal, Ivanaldo Maia Oliveira, de quem é primo. O presidente nacional do Democratas não negou o parentesco com Ivanaldo, mas disse que os dois são primos em "sexto grau", além de que a prática de nepotismo é proibida no Senado em caso de parentesco em até terceiro grau.
Demóstenes
O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), defendeu ontem que seu partido aguarde o fim das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal para tomar qualquer decisão em relação ao líder do DEM na Casa, Demóstenes Torres (GO). O democrata é suspeito de envolvimento com o empresário do ramo de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo.
Escutas telefônicas indicam que Cachoeira teria bancado despesas pessoais de Demóstenes. Para Dias, seria "ridículo" começar uma apuração no Congresso contra Demóstenes porque há três anos, segundo ele, o parlamentar já vem sendo investigado informalmente pela polícia. "Na verdade, ele está sendo investigado. Só não está sendo investigado oficialmente", afirmou.
Dias cobra rápido encerramento do inquérito da operação policial para que o partido tome uma posição no caso. Ele lembrou que, em 6 de março, o próprio Demóstenes pediu ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que fosse investigada sua relação com Cachoeira. Por isso, segundo Dias, seria desnecessária, por ora, a abertura de apuração contra Demóstenes na Corregedoria, no Conselho de Ética ou em uma CPI.
O líder tucano disse que o pedido para esperar a conclusão das investigações policiais é uma posição pessoal. Ele afirmou que levará tal opinião amanhã aos colegas do partido amanhã em reunião da bancada para decidir qual a posição do partido em relação ao líder do Democratas. "Nesta hora, com a elegância necessária em relação a um colega, não nos cabe o prejulgamento", declarou.
Segundo Dias, a oposição não está adotando o critério de "dois pesos e duas medidas" em relação a Demóstenes. "Estamos sendo coerentes", afirmou o tucano. Ele ressaltou que nos casos de suspeitas envolvendo ministros do governo Dilma, os oposicionistas só cobravam investigações quando não havia apuração dos órgãos oficiais. Ainda assim, Álvaro avaliou que a situação de Demóstenes é delicada. "A investigação cala uma das vozes mais fortes da oposição", disse.

Fonte: Defato

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