sábado, fevereiro 04, 2012

Dnocs prevê sangria da Armando Ribeiro mesmo com inverno fraco

Barragem_de_Assu

ASSÚ – Mesmo que a quadra invernosa do Estado fique abaixo dos prognósticos climatológicos, poderá ser suficiente para que se verifique, de forma mais rápida, o transbordamento d'água da principal coleção hídrica do Rio Grande do Norte: a barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves.
O maior reservatório hídrico do Estado, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves mantém uma capacidade global de armazenamento da ordem de 2,4 bilhões de metros cúbicos d'água.
A previsão é apresentada pelo chefe da Unidade de Campo do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), localizado em Assú, técnico Paulo Rodrigues.
O representante da autarquia regional informou que, hoje, o reservatório está com um volume de 1,9 bilhão de metros cúbicos.
Portanto, faltam pouco mais de 500 milhões de metros cúbicos para que a massa hídrica alcance o primeiro sangradouro.
Paulo Rodrigues transmitiu que a cota da barragem hoje é 16% maior do que a que se observou em igual período de 2011.
"Significa dizer que com pouco inverno essa barragem chega a sangrar", arriscou o técnico do Dnocs, preocupando-se em esclarecer que se trata apenas de um palpite. 
Bom nível de reserva se deve à extensão das chuvas em 2011

Segundo o dirigente da unidade regional do Dnocs, Paulo Rodrigues, o motivo pelo qual a barragem Armando Ribeiro Gonçalves está com uma capacidade bem acima da média comum foi o fato de o período chuvoso de 2011 ter se alongado até o mês de julho.
"Não foram chuvas grandes, mas foram chuvas que aumentam a umidade do ar, provocam a queda de algumas precipitações na barragem e isso evita a evaporação", ilustrou o dirigente.
Segundo ele, por esta razão a quantidade d'água manteve-se praticamente estável em toda a bacia hidráulica do reservatório. "E é um volume representativo para a época do ano", completou.
PREVENÇÃO
O dirigente do órgão autárquico salientou que, apesar do prenúncio de que a vazão d'água da barragem possa ser registrada logo que se observem as primeiras chuvas, ele não crê que a região volte a enfrentar problemas de inundações como se verificou nos últimos anos.
A fim de afastar essa hipótese, ele revelou que, preventivamente, a Unidade de Campo determinou a expansão do volume de dispersão d'água pelas comportas.
"Esta medida diminui a capacidade de armazenamento paulatinamente e por consequência minimiza o risco de enchentes", arrematou, concluindo.

Fonte: O Mossoroense

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