sexta-feira, janeiro 06, 2012

Morre vítima de infarto perito criminal que atuava há 32 anos


Morreu no fim da manhã de ontem um dos mais antigos peritos criminais do Rio Grande do Norte. Luís Duarte de Vasconcelos Júnior tinha 53 anos e morreu vítima de um infarto. Ele vinha apresentando complicações de saúde ao longo dos últimos meses. O corpo dele foi velado durante alguns minutos na sede do Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró e depois levado para a Câmara dos Vereadores de Areia Branca, sua cidade Natal. O sepultamento é hoje, às 10h, na cidade-praia.
Duarte havia passado as festas de fim de ano com os familiares, em Areia Branca, quando apresentou problemas de saúde. Ele foi trazido para Mossoró na terça-feira, à noite, onde se internou no Hospital Wilson Rosado e passou por uma cirurgia, na quarta-feira. Ontem, por volta das 11h, o perito não resistiu e morreu.
Segundo o coordenador regional do Itep de Mossoró, Valentim Marinho de Oliveira, Duarte foi um dos primeiros peritos criminais da cidade. Ele trabalhava na casa há 32 anos e estava se preparando para a aposentadoria. Duarte ingressou na profissão quando não havia as exigências atuais, como o curso de nível superior.
"Ele era o tipo de perito que atuava em todas as áreas. Tudo que acontecia na área criminal passava por ele", diz, citando casos de cenas de homicídio, assalto, acidente, etc.
Valentim faz questão de ressaltar as qualidades profissionais do perito. "Era um cara que atuava em todas as frentes, um homem desenrolado mesmo. É uma grande perda para o Itep. Ele não tinha nenhum tipo de problema para dirigir um carro, se fosse preciso. Era o tipo de profissional que dava tudo pelo seu trabalho", frisa.
No Itep de Natal, Duarte chegou a ocupar cargos de coordenadoria em vários setores. Em Areia Branca, o perito trabalhou como secretário municipal de Segurança Pública.
O sentimento de perda afetou todos os funcionários do Itep, entre os mais novos e principalmente os antigos.
Para Abigail Diógenes, que trabalha no setor administrativo do Itep de Mossoró e está na unidade há 22 anos, a perda foi irreparável. Ela faz questão de destacar que a dor é pela perda de um amigo e também de um "excelente profissional".
"É uma pessoa maravilhosa. Se dava bem com todo mundo aqui. Por isso que estamos sentindo tanto essa perda", frisa.
Abigail lembra que o Itep foi a primeira profissão de Duarte, quando ele tinha 17 anos. Começou como uma espécie de estagiário e depois foi efetivado como perito criminal.
"Essa profissão era a vida dele. Ele não seria outra coisa se não fosse perito criminal. Se faltasse um funcionário para integrar a equipe, ele ocupava a função. Faria tudo sozinho se fosse preciso. O Itep era a segunda família dele. Ele morava praticamente aqui dentro", diz.
A dedicação ao trabalho é uma das características mais citadas pelos que trabalharam com Duarte. "Ele passou, no último plantão, um mês e cinco dias. Quando aumentava o fluxo de ocorrências, ele voltava, mesmo estando de folga. Se não tivesse veículo, ele ligava para a Polícia Militar, arranjava um veículo e ia fazer o local do crime sozinho", conta Abigail.

Fonte: Defato

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