domingo, fevereiro 18, 2024

Entidade de policiais penais federais defende investigações sobre fuga em Mossoró e diz que presídios seguem 'seguros'

Polícia Penal Federal — Foto: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública

A Federação Nacional dos Policiais Penais Federais (FENAPPF) defendeu, em nota divulgada neste sábado (17), a continuidade de investigações para apurar eventuais responsáveis pela fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.


A entidade, que reúne cinco sindicatos da categoria, afirmou que as unidades prisionais do sistema federal, considerado de segurança máxima, seguem "seguras".


"Apesar do ocorrido, as penitenciárias federais continuam seguras e cumprindo o seu devido papel, o isolamento de lideranças criminosas inseridas no Sistema Penitenciário Federal - SPF/SENAPPEN Secretaria Nacional de Políticas Penais", diz o documento.

Na última quarta (14), dois criminosos ligados à facção Comando Vermelho — Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça — escaparam do presídio federal de segurança máxima de Mossoró. A fuga é a primeira registrada desde a fundação do sistema, em 2006.



Segundo o Ministério da Justiça, cerca de 300 agentes participam de uma operação para recapturar os detentos. Os profissionais integram os quadros da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e de forças de segurança estaduais.


A pasta afirma que duas investigações estão abertas para apurar as circunstâncias da fuga. Em uma delas, o ministério apura, de forma administrativa, eventuais responsáveis pelo episódio. A Polícia Federal conduz a segunda, que apura eventuais crimes cometidos por agentes na escapada dos criminosos.


Em nota, a FENAPPF afirma que a categoria tem sofrido ataques e que é "muito cedo" para concluir que houve participação de policiais penais federais na fuga. A entidade diz esperar que tudo seja "apurado" e que eventuais responsáveis "respondam pelas suas ações e/ou omissões na forma da lei".


Segundo a federação, os fugitivos não receberam "apoio externo" na escapada do presídio e a investigação aponta que os criminosos teriam aproveitado uma "oportunidade".


"Somente quem de certa forma tiver errado responda pelos respectivos erros", afirma.


Buscas


Os fugitivos de Mossoró estavam detidos na unidade desde setembro de 2023. Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho", foram transferidos para a penitenciária após se envolverem em uma rebelião no presídio de segurança máxima em Rio Branco (AC).


Segundo a investigação, na sexta (16), eles chegaram a fazer uma família refém na área rural de Mossoró. Os fugitivos deixaram a casa com alimentos e dois aparelhos celulares.


Os nomes dos criminosos estão inscritos na lista vermelha da Interpol, utilizada para cooperação entre polícias de diferentes países quando criminosos perigosos conseguem fugir das nações onde são procurados.


Ao todo, mais de 300 agentes de segurança trabalham desde a quarta (14) para tentar recapturar os fugitivos.


Um grupo da unidade de elite da Polícia Federal chegou ao Aeroporto de Aracati, no Ceará, na manhã desta sexta, para se unir à operação de fiscalização e buscas na divisa entre o Ceará e o Rio Grande do Norte .


Foram enviados 25 integrantes do Comando de Operações Táticas da PF (COT), unidade de elite da PF, e 7 policiais do Grupo de Resposta Rápida da PRF (GRR).


Fonte: g1

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