terça-feira, novembro 28, 2023

Ministério Público denuncia quatro colombianos por furto de rosário de ouro em igreja de MG

Rosário beneditino do século XIX — Foto: Divulgação/Basílica de Nossa Senhora do Pilar

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou quatro colombianos pelo furto de um rosário de ouro do século XIX. A peça estava exposta no Museu de Arte Sacra da Basílica de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto, na Região Central do estado.


O crime ocorreu no último 10 de novembro. Câmeras de segurança filmaram a ação de uma dupla de suspeitos, que chegou a ficar mais de 40 minutos no local até conseguir furtar o objeto


O rosário beneditino faz parte do acervo da igreja, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1939.


De acordo com o MPMG, uma mulher foi presa, um casal é considerado foragido, e o outro homem teve o pedido de prisão preventiva requerido. Todos eles foram denunciados por furto qualificado e associação criminosa.


O órgão também pede que seja fixado um valor de R$ 100 mil para a reparação dos danos materiais causados com a subtração do bem, e mais R$ 500 mil por danos morais coletivos.


Já o terço segue desaparecido. Ele foi inserido pelo MP no site Sondar, um sistema usado para divulgar bens culturais furtados ou roubados no estado.



“Com a expectativa de que a sociedade possa nos trazer informação para localizarmos mais rápido possível e, quem sabe, ainda recuperar o rosário e devolver para o local onde ele nunca deveria ter saído”, disse Marcelo Azevedo Mafra, promotor de Justiça.

'Operação Relicário'

Os denunciados são William Cardona Silva, também conhecido como Javier Hernando Abril Duque, Ingrid Lorena Ceron Rincon, Carol Viviana Pineda Rojas e Miller Daniel Hortua Laverde.


A prisão preventiva dos três primeiros já havia sido decretada pela Justiça, sendo que Ingrid Lorena foi presa no dia 17 de novembro, em São Paulo, durante a Operação Relicário. William Cardona e Carol Viviana estão foragidos.


O Ministério Público também pediu a prisão preventiva de Miller Daniel, e a transferência de Ingrid Lorena para o sistema prisional de Minas Gerais. Ainda foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços de Belo Horizonte e SP.


Além do furto em Ouro Preto, o MP apurou que os denunciados têm parentesco e vínculos afetivos entre si. Eles constituíram uma associação criminosa estável, especializada na prática de crimes contra o patrimônio em diversos estados, com divisão de tarefas e repartição dos bens furtados.


Furto do rosário

De acordo com o MP, a quadrilha saiu de São Paulo, no dia 8 de novembro, e foi até Ouro Preto, em um carro alugado, para planejar o crime. No dia 10, os quatro voltaram à cidade para furtar o rosário.



Imagens de segurança registraram que, por volta das 13 horas, William Cardona, Carol Viviana e Ingrid Lorena entraram no museu da igreja. Com auxílio de uma ferramenta, William e Carol romperam a trava do vidro de proteção e forçaram a vitrine, sem quebrá-la e acionar o alarme.


Também é possível ver Ingrid andando pelo museu, com o objetivo de impedir a aproximação de testemunhas. Miller Daniel ficou o tempo todo ao lado de fora, vigiando a movimentação de pessoas.


Logo após o crime, os denunciados fugiram para Belo Horizonte. Pouco tempo depois, foram para um imóvel alugado em Betim.



No dia 11, Ingrid e Miller devolveram o veículo alugado no Centro da capital mineira e retornaram para São Paulo, de ônibus. Na madrugada do dia 12, os outros dois acusados também foram para SP.


Segundo o MP, os suspeitos acumulam antecedentes criminais em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Maranhão, Piauí, Rondônia, Tocantins e Ceará.


Fonte: g1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!