terça-feira, novembro 14, 2023

Milícia exigiu taxa semanal de R$ 6 mil até da Defensoria Pública


Depois de se expandir com a "taxa do tostão", cobrando por "gatonet", botijão de gás e pedágio de vans - as milícias agora passaram a operar com a "taxa do milhão", extorquindo dinheiro de grandes empresas: empreiteira que está construindo sede da Defensoria em Santa Cruz foi uma delas.


A Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro foi surpreendida com o anúncio de paralisação das obras da nova sede do órgão em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. Ficou mais surpresa ainda quando descobriu o motivo: milicianos estavam cobrando uma taxa semanal de R$ 6 mil para a continuidade da obra.


Trata-se de uma obra pública, com recursos públicos e uma licitação que teve a participação da Emop, a Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro (Emop). Nem isso intimidou os milicianos. O caso foi resolvido entre a Coordenadoria de Segurança da Defensoria e o comandante do batalhão da PM da área, que assegurou a continuidade das obras.


O incidente aconteceu no segundo semestre do ano passado e não é um caso isolado. Mostra a ampliação do escopo de atuação das milícias. Elas seguem explorando trabalhadores com taxas de segurança, pedágio sobre vans e sobrepreço em botijões de gás, mas agora passaram a mirar em grandes contribuintes.



O blog tem recebido relatos - e passará a publicar a partir de hoje - exemplos das novas vítimas da ação do crime organizado que tem tornado inviável o ambiente de negócios no estado do Rio.


Fonte: Blog do Octavio Guedes

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