quinta-feira, outubro 19, 2023

Ação que prendeu policiais por tráfico de drogas teve dinheiro e carros de luxo apreendidos, diz PF

O delegado da Polícia Federal João Paulo Garrido Pimentel — Foto: Raoni Alves/g1

Em coletiva de imprensa na sede da Polícia Federal, no Centro do Rio de Janeiro, o delegado regional executivo da PF, João Paulo Garrido Pimentel, afirmou que a Operação Drake, que terminou com policiais civis presos por tráfico de drogas nesta quinta-feira (19) também teve dinheiro e 4 carros de luxo apreendidos.


De acordo com o delegado, foram apreendidos R$ 65 mil em espécie e alguns veículos de luxo e blindados que estavam na posse de alguns dos alvos.


"Eu gostaria de reforçar que essa ação teve início com base em dados de inteligência da PRF e também houve integração com a Corregedoria da Policia Civil para o cumprimento cumprimento mandados", disse o policial.



As investigações da PF e do Ministério Público Federal (MPF) apontam que há 2 meses os 4 agentes venderam 16 toneladas de maconha para o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do RJ. Os suspeitos teriam, inclusive, escoltado a carga até uma favela dominada pelos traficantes.


Carro apreendido em ação da PF contra policiais civis presos por tráfico de drogas no Rio — Foto: Reprodução

Carro apreendido em ação da PF contra policiais civis presos por tráfico de drogas no Rio — Foto: Divulgação

Carro apreendido em ação da PF contra policiais civis presos por tráfico no Rio — Foto: Reprodução

De acordo com as investigações, os policiais que na época integravam a Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) também são suspeitos de vender 29 fuzis apreendidos para uma facção que atua no estado. A venda seria uma represália a uma quadrilha que não tinha pago um resgate para a liberação de um preso. A informação consta na denúncia do MP.


O relatório de inteligência da PF aponta que os policiais civis exigiram R$ 500 mil para liberar um homem que teria sido preso e conduzido à Cidade da Polícia.


No entanto, em razão de não ter recebido o valor integral, como forma de vingança, em momento posterior, a equipe da DRFC teria apreendido 31 fuzis da facção e vendido 29 para a facção rival. Depois, teriam formalizado a apreensão de apenas 2 fuzis e drogas.


Quem são os presos

Alexandre Barbosa da Costa Amazonas, ex-agente da DRFC;

Eduardo Macedo de Carvalho, ex-agente da DRFC;

Juan Felipe Alves da Silva, ex-chefe do setor de investigações da DRFC;

Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão, advogado;

Renan Macedo Guimarães, ex-agente da DRFC.

Os policiais presos não trabalhavam mais para a DRFC desde setembro, quando houve uma troca de comando na especializada, sendo realocados em diferentes unidades.


PF faz operação para prender policiais civis suspeitos de tráfico de drogas — Foto: Reprodução


O que diz a Polícia Civil

“A Corregedoria-Geral de Polícia Civil apoiou a ação para cumprimento das ordens judiciais e está instaurando Processos Administrativos Disciplinares (PADs). A Polícia Civil reforça que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e atividade ilícita, reiterando seu compromisso de combate ao crime em defesa da sociedade.”


O g1 ainda não conseguiu contato com a defesa dos investigados.


Fonte: g1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!