sexta-feira, março 31, 2023

Exclusivo: Marcos do Val admite que tramou para “blindar” Bolsonaro de Moraes


O senador Marcos do Val (Podemos-ES) admitiu, nesta quinta-feira (30/3), que tramou reuniões com Alexandre de Moraes para tentar “blindar”* o ex-presidente Jair Bolsonaro do ministro do STF.


A declaração foi dada pelo senador em conversa com militantes bolsonaristas na saída da recepção que o PL organizou para Bolsonaro nesta manhã, em Brasília. A conversa foi flagrada pela coluna.


No diálogo com bolsonaristas, Do Val disse que avisou Bolsonaro que usaria a reunião com Moraes para tentar tirar o ministro da relatoria do Inquérito dos Atos Antidemocráticos, que tem o ex-presidente entre os alvos.


“Não tinha golpe de Estado, nem nada. Tinha falado: ‘Bolsonaro, vou usar aquela reunião para fazer uma ação para te blindar, porque ele (Alexandre de Moraes) quer te prender’. Então, como ele é o relator do ato antidemocrático, quando eu coloquei ele para dentro do processo, ele não pode continuar a ser o relator. Tem que ser outro”, afirmou o senador.


Confira a fala de Marcos Do Val:



“Golpe”

Em fevereiro, enquanto Bolsonaro ainda estava nos Estados Unidos, Marcos Do Val procurou a imprensa para acusar o ex-presidente e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) de tentarem um “golpe” contra Moraes.


Na época, o senador relatou que, em reunião no Palácio da Alvorada, Bolsonaro e Silveira teriam requisitado que o parlamentar se reunisse com Moraes para gravar o ministro falando sobre casos envolvendo Bolsonaro.


O objetivo seria tentar provar suposta parcialidade do ministro do STF na condução dos processos contra Bolsonaro e, assim, viabilizar a prisão do magistrado.


Versões

Posteriormente, Do Val mudou sua versão várias vezes. Ele passou a dizer que não foi coagido por Bolsonaro a participar da trama e que o ex-presidente ficou em silêncio na reunião do Alvorada.


Em depoimento à Polícia Federal, o senador disse que a autoria do plano contra Moraes seria de Daniel Silveira. O ex-deputado está preso por ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal.


Fonte: metrópoles

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