sábado, janeiro 14, 2023

Exibicionismo em redes sociais ajuda a PF a identificar e localizar golpistas que atacaram Brasília


O exibicionismo em redes sociais ajudou a Polícia Federal A identificar e a localizar, no interior de São Paulo, golpistas que atacaram Brasília no domingo (8).


Brasília era o destino. Mas, pelo menos oito ônibus citados no relatório da Polícia Rodoviária Federal de São Paulo tinham um endereço em comum na capital federal: a Praça dos Três Poderes. Outros três foram até o QG do Exército.


Um levantamento feito pela produção da TV Globo mostra que pelo menos 123 passageiros de ônibus que saíram de São Paulo em direção a Brasília aparecem na lista de mais de mil pessoas que permanecem presas pelos atos golpistas do dia 8. A maioria saiu da capital. Os outros são de diferentes cidades do interior e do litoral.



Entre eles, o empresário Kingo Takahashi, do município de Votuporanga. Takahashi aparece num vídeo, publicado nas redes sociais, em frente ao Congresso Nacional, durante a invasão.


Em uma foto, Takahashi está deitado numa poltrona vermelha na galeria dos ex-presidentes, que fica no Museu do Senado federal, com os pés apoiados num móvel.


Em depoimento à polícia, o empresário disse que o pessoal que fazia protestos no quartel general do Exército fez uma vaquinha para que ele e outros golpistas pudessem viajar para Brasília. Takahashi afirma que, além do transporte, essas mesmas pessoas pagaram o hotel onde ele se hospedou. O empresário não apontou os nomes nem as características físicas dos organizadores.


Já a veterinária Ana Carolina Isique Guardiéri está na relação de 13 presos que saíram de Birigui, no noroeste do estado. Ela gravou vídeos mostrando a invasão ao Congresso Nacional.


A professora Sheila Mantovanni é de Mogi das Cruzes e está presa com outras 11 pessoas da mesma cidade.


O relatório de inteligência da Polícia Rodoviária Federal mostra que Sheila contratou – por R$2.800 um dos ônibus que foram até Brasília.



Nesta quinta (12), a Advocacia-Geral da União incluiu o nome da professora na lista de suspeitos de financiar os atos criminosos em Brasília.


A AGU pediu à justiça que os bens dela e de outras 51 pessoas sejam bloqueados para cobrir os prejuízos causados pela destruição das sedes dos três poderes.


O Jornal Nacional não conseguiu contato com a defesa de Kingo Takahashi e não recebeu resposta da defesa de Sheila Mantovani. A família de Ana Carolina Guardieri não quis se manifestar.


Fonte: g1

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