domingo, janeiro 22, 2023

Chacina no DF: quarto suspeito por crime foi alvo de operação contra facção criminosa em presídio em 2018

O quarto suspeito pela chacina que matou uma família inteira no DF, Carlomam Santos Nogueira, foi investigado, em 2018, em uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal contra presos em Brasília que se filiaram e tornaram-se membros de uma facção criminosa que age dentro e fora das penitenciárias do país. O nome do procurado aparece na "Operação Prólogo".


Foto de 2018 de Carlomam dos Santos Nogueira, 4º suspeito de ter participado da chacina de família no DF — Foto: Polícia Civil do DF/ Divulgação


À época, 13 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão foram cumpridos no Complexo da Papuda. A finalidade era evitar que o PCC – facção criminosa que surgiu em São Paulo – se instalasse no DF.


Até a publicação desta reportagem, a polícia não havia explicado como Carlomam foi solto. Na ficha criminal dele aparecem passagens por porte de drogas (maconha), porte ilegal de arma e receptação de carro roubado.


Durante a investigação sobre a chacina da família da cabeleireira Elizamar Silva foram encontradas impressões digitais de Carlomam no cativeiro usado pelos criminosos e também no carro de um dos suspeitos.


A chacina da família da cabeleireira Elizamar Silva


Arte atualizada: Gráfico sobre caso de 10 pessoas da mesma família desaparecidas no DF — Foto: Editoria de Arte/g1


A cabeleireira Elizamar Silva, de 39 anos, e três filhos pequenos sumiram na quinta-feira (12). No dia seguinte, o veículo dela foi encontrado com os quatro corpos queimados dentro, perto de Cristalina (GO), no Entorno do DF.


Elizamar desapareceu após sair para buscar o marido, Thiago Gabriel, de 30 anos, na casa da sogra, na região do Itapoã, no DF. Até a publicação desta reportagem Thiago permanecia desaparecido.


O sogro da cabeleireira, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos também estava sumido, mas o corpo dele foi encontrado enterrado com sinais de esquartejamento no terreno de um suposto cativeiro, em Planaltina. A identificação foi feita na quinta (19) pela Polícia Civil do DF.


No fim de semana do desaparecimento da cabeleireira, a polícia encontrou o carro de Marcos Antônio na região de Unaí (MG), divisa com o DF. Dentro havia mais dois corpos que também não foram identificados, no entanto, a polícia suspeita que eles são da sogra e da cunhada de Elizamar, Renata Juliene Belchior, de 52 anos, e Gabriela Belchior, de 25 anos.


Além disso, na terça (17), os investigadores divulgaram que mais duas pessoas estão desaparecidas: a ex-mulher do sogro da cabelereira, Cláudia Regina Marques de Oliveira, e a filha de Cláudia e Marcos Antônio, Ana Beatriz Marques de Oliveira.



Os presos

Na terça-feira (17), a Polícia Civil do DF prendeu dois suspeitos por envolvimento no desaparecimento da família. Pela manhã, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, foi preso no Recanto das Emas e levado para a 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, responsável pela investigação.


O delegado Ricardo Viana disse que o suspeito tinha as mãos queimadas, e que trabalha com Marcos Antônio, sogro de Elizamar. À tarde, Horácio Carlos Ferreira Barbosa foi preso por suspeita de participar do sumiço da família.


Ele confessou o crime à polícia e disse que foi encomendado pelo marido e pelo sogro da cabeleireira. Na noite de terça-feira (17), um terceiro suspeito, identificado como Fabrício Silva Canhedo, foi preso.


No entanto, após a localização do sétimo corpo, a polícia afirmou que a tese de que pai e filho encomendaram o crime "perdeu a força". Segundo o delegado Ricardo Viana, há indícios de que todos os desaparecidos possam estar mortos.


Fonte: g1

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