domingo, dezembro 25, 2022

Suspeito de tiroteio em Paris expressou 'ódio a estrangeiros'

O suspeito detido pelo assassinato de três curdos em Paris contou aos investigadores sobre seu "ódio a estrangeiros", disse a procuradora de Paris neste domingo (25).


Polícia francesa e bombeiros protegem uma rua depois que tiros foram disparados matando duas pessoas e ferindo várias em um distrito central de Paris, na França, nesta sexta, 23 de dezembro — Foto: Reuters


O homem de 69 anos foi preso na sexta-feira (23) depois de matar a tiros dois homens e uma mulher em um centro cultural curdo e um café curdo, no 10º distrito de Paris.


As mortes chocaram uma comunidade que se preparava para marcar o 10º aniversário do assassinato não solucionado de três ativistas, e provocaram protestos que levaram a confrontos com a polícia.


O suspeito disse durante interrogatório que um roubo em sua casa em 2016 desencadeou um "ódio a estrangeiros que se tornou totalmente patológico", disse a procuradora Laure Beccuau em um comunicado.



O homem se descreveu como depressivo e com tendências suicidas, e contou que planejava se matar com uma última bala após o ataque, segundo a procuradora.


Uma busca na casa dos pais do suspeito, onde ele morava, não encontrou evidências de qualquer ligação com ideologia extremista, disse ela, acrescentando que ele primeiro procurou vítimas em potencial em um subúrbio da capital francesa, mas abandonou o plano depois de encontrar poucas pessoas no bairro.


Representantes curdos pediram que o tiroteio de sexta-feira seja considerado um ataque terrorista.


O suspeito permanecia em uma unidade psiquiátrica neste domingo, depois que seu interrogatório foi interrompido no sábado por motivos médicos, afirmou a procuradora.



Em relação às outras três pessoas feridas no tiroteio, duas ainda estão no hospital, mas fora de perigo, acrescentou.


A procuradora disse anteriormente que o suspeito havia sido libertado da detenção recentemente enquanto aguardava julgamento por um ataque com sabre em um campo de imigrantes em Paris há um ano.


Fonte: Reuters

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