domingo, dezembro 25, 2022

Farra do boi é denunciada à polícia após câmeras flagrarem prática ilegal em Florianópolis

A Polícia Militar foi acionada para atender uma denúncia de farra do boi em Florianópolis na manhã de sábado (24). O animal foi perseguido por veículos e pedestres no bairro Rio Vermelho, no Norte da Ilha de Santa Catarina. Um boletim de ocorrência foi registrado por moradores.


Câmeras de monitoramento de uma das residências do bairro flagraram a cena, por volta das 8h40 (assista acima). Ao menos 10 pessoas aparecem nos vídeos.


A associação de moradores do bairro informou que o grupo perseguiu o animal até uma área verde de uma rua sem saída. Lá, danificaram as plantas com os veículos e quebraram um muro para espantar o animal e "continuar com a farra".



"Infelizmente, os foguetórios que 'representam' a farra aqui na região não param desde sexta à noite", relatou uma das moradoras que fez a denúncia e preferiu não se identificar.

A PM informou que fez buscas com viaturas e helicóptero na região, porém não localizou o boi e os envolvidos na ação. "Não constada a situação a princípio".


A farra do boi é crime, de acordo com o artigo 32 da Lei n. 9.605/1998. A pena para quem comete é de três meses a um ano de detenção, com aumento de um terço da pena em caso de morte do animal.


Boi foi perseguido na rua


Farra do boi flagrada em Florianópolis na véspera do Natal — Foto: Câmeras de monitoramento/Reprodução


Nas imagens que circulam nas redes sociais é possível ver um boi correndo no meio da rua, enquanto alguns veículos e pedestres o perseguem. Alguns dos envolvidos aparecem usando chapéu de vaqueiro.


Na caminhonete, uma pessoa aparece pendurada em uma das portas com o braço erguido, como se estivesse laçando, enquanto outras estão na caçamba. Motociclistas também estavam atrás do animal, sem capacete.


Farra do boi

A farra do boi é uma prática ilegal do litoral de Santa Catarina, segundo a Diretoria de Bem-estar Animal (Dibea) de Florianópolis.


A ação consiste em soltar um bovino em um terreno ou rua e "farrear", fazendo com que o animal corra atrás das pessoas que participam, o deixando exausto.


Grupos defensores dos direitos dos animais a consideram cruel e degradante.


"Após a 'brincadeira' o animal é devolvido aos pastos e abatido ou usado novamente para a Farra. As vezes são sacrificados dias após a farra. A prática é considerada ilegal no Brasil desde 1998", descreve a Dibea.


Fonte: g1

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