domingo, dezembro 18, 2022

Polícia Federal flagra garimpo ilegal ativo há 10 anos em terra indígena no Pará e com trabalho semelhante à escravidão

A Polícia Federal realizou uma operação contra um garimpo ilegal que funcionava havia dez anos dentro da Terra Indígena (TI) Trincheira Bacajá, em Altamira, no sudoeste do Pará.


Guardiões do Bioma deflagrou uma operação no garimpo Manelão, em Altamira, no Pará — Foto: Ascom/PF


A área de preservação do povo Xikrin Mebengokrê, que abrange os municípios de Altamira, Anapu, São Félix do Xingu e Senador José Porfírio, se tornou uma das mais desmatadas da Amazônia nos últimos 3 anos, segundo o Ministério Público Federal (MPF).


Na ação realizada na sexta-feira (16), dentro do território, conhecido como Garimpo Manelão, que fica a 200 quilômetros do centro urbano do município, os agentes da PF constataram crimes ambientais e trabalho semelhante à escravidão.


Trabalhadores eram submetidos em condições sub humanas para a lavra do ouro — Foto: Ascom/PF


Na operação, foram usados três helicópteros do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).


Os agentes encontraram dentro da TI duas escavadeiras hidráulicas, que foram destruídas, conforme manda a lei. Também foram apreendidas peças que aparentavam ser de ouro, além de ferramentas usadas na extração do minério e uma arma de fogo.


No local foram encontradas escavadeiras hidráulicas, que foram destruídas pelos agentes — Foto: Ascom/PF


Os agentes constataram ainda que operários eram mantidos em condições sub-humanas, sem equipamentos de proteção para executar a lavra do ouro.


Trabalhadores informaram aos agentes que a carga horária diária chegava a 12 horas, não sendo fornecido qualquer equipamento de proteção individual.


Os trabalhadores viviam em barracões sem qualquer condição de higiene, sem local adequado para banho e necessidades pessoais.


Os agentes constataram ainda que operários eram mantidos em condições sub-humanas, sem equipamentos de proteção para executar a lavra do ouro.


Trabalhadores informaram aos agentes que a carga horária diária chegava a 12 horas, não sendo fornecido qualquer equipamento de proteção individual.


Barracões não possuíam qualquer condição de higiene, de acordo com a Polícia Federal — Foto: Ascom/PF

Porcos e onças transitam no local, de acordo com as informações coletadas, o que, de acordo com a PF, demonstra a total situação de risco e descaso a que foram expostos os trabalhadores.


Situação encontrada em garimpo ilegal foi de condição análoga a de escravo, segundo a Polícia Federal — Foto: Ascom/PF


As penas somadas dos crimes investigados podem chegar a 14 anos de prisão, segundo a PF.


Fonte: g1

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