quarta-feira, dezembro 21, 2022

Pesquisa do IBGE mostra que pais estão insatisfeitos com atendimento infantil nas UBS


Pesquisadores do IBGE foram às unidades básicas de saúde dos municípios para saber como está o atendimento às crianças no Brasil e descobriram que a qualidade está abaixo da média mundial - eles ouviram pais e responsáveis para entender como essas crianças foram recebidas e atendidas .


Para a avaliação da consulta médica, o IBGE adotou a nota 6,6 como pontuação mínima para um atendimento satisfatório, com base em padrões internacionais. A média no país, no entanto, ficou abaixo disso: em 5,7 pontos. Veja como foi a pontuação por região:


Sul: 6,0 pontos;

Sudeste: 5,6 pontos;

Centro-Oeste: 5,7 pontos;

Nordeste: 5,7 pontos;

Norte: 5,4 pontos.


Na divisão por estados, Mato Grosso deu a melhor nota ao SUS, enquanto Rondônia foi o estado com a pior avaliação do país.


O resultado mostrou ainda que 31 milhões de meninos e meninas, com idade até 13 anos, usaram o SUS no último ano. A pesquisa foi feita em parceria com o Ministério da Saúde e aponta os caminhos que as autoridades devem seguir para melhorar a qualidade de atendimento.


Exames e vacinação

Quando questionados sobre serviços como exames e vacinação, o Brasil ficou com média de 28, em uma escala que varia de -100 a + 100.


"Esse resultado significa que as pessoas avaliam positivamente, mas que esse serviço está na zona de aperfeiçoamento", falou a coordenadora da Pesquisa Domiciliares do IBGE.

Demora no atendimento

A dona de casa Nayara Jesus dos Santos disse que a saúde da filha é prioridade. Ela depende do serviço público para conseguir o atendimento médico em São Paulo, mas nem sempre sai satisfeita.


"No SUS, quando eu vou já está muito lotado. Eles marcam um horário, mas atendem em outro. Teve uma vez que cheguei lá 12h e saí 22h", disse.

Já a Silvia Araújo diz que está há quatro meses tentando marcar um especialista para investigar o problema do filho, também em São Paulo. "Ele tem um problema de vômito que eu pensava que era por causa da gripe, mas era refluxo. Tudo o que ele come, vomita e eu estou atrás disso e até agora não consegui".



Procurado pelo Jornal Hoje, o Ministério da Saúde disse que atua para proteger a saúde da criança e que a pesquisa feita em parceria com o IBGE representa um avanço para o SUS.


O governo de são paulo afirmou que cabe aos municípios o atendimento da saúde primária. Apesar disso, disse que investiu R$ 34 milhões para melhorar a assistência da rede municipal. A prefeitura da capital paulista afirma que realiza melhorias no atendimento e que atua nos diferentes estágios de desenvolvimento da criança. Sobre os problemas enfrentados pelas mães Nayara e Silvia, a prefeitura disse que está apurando os casos.


O governo de Rondônia, que teve a pior nota do país, também foi procurado, mas não respondeu até a publicação da reportagem.


Fonte: Jornal Hoje

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