domingo, setembro 11, 2022

Secretaria de Saúde emite alerta sobre risco de reintrodução da poliomielite no RN

A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte emitiu nota de alerta aos municípios do estado, nesta sexta-feira (9) para solicitar esforço para alcançar as metas de vacinação contra a poliomielite.


Vacinação contra a poliomielite — Foto: Agência Brasil


No RN, 24% do público-alvo, composto por crianças, foi imunizado contra a doença no período de campanha, o que seria insuficiente para garantir a segurança da população contra a doença. A meta era de 95%.


"Grande parte dos 167 municípios estão em alto risco de reintrodução da poliomielite por apresentarem cobertura vacinal abaixo dos níveis mínimos esperados nos últimos anos", informou a pasta no comunicado sobre o assunto à imprensa.


Nesta semana o Ministério da Saúde decidiu prorrogar a campanha de vacinação em todo o país, por causa da baixa cobertura. Originalmente, as ações ocorreriam até esta sexta-feira (9), mas vão continuar até 30 de setembro.


Entre as estratégias, o governo do RN marcou o Dia D de vacinação para o próximo sábado (17).


Poliomielite

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, que provoca paralisia, geralmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e pode ser transmitida por contato direto pessoa a pessoa.


Segundo as autoridades de saúde, a forma de transmissão mais frequente é pela via fecal-oral, mas também por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas ao falar, tossir ou espirrar.


Último caso aconteceu há 33 anos no RN

O último caso da doença registrado no Rio Grande do Norte RN ocorreu em 1989, em São José do Seridó. Segundo a Secretaria de Saúde, desde aquele ano, a cobertura vacinal nunca tinha sido tão baixa.


"Nós da Sesap encaramos a poliomielite com esse grave risco iminente de circulação do vírus em nosso país. Desde a erradicação em 1989, nunca havíamos tido uma cobertura vacinal tão frágil como a de hoje em dia. Essa cobertura baixa e o aparecimento da doença em outros países, como os Estados Unidos, nos coloca numa situação de alto grau de vulnerabilidade e se não avançarmos com a proteção a partir do processo de vacinação estaremos na vulneráveis ao retorno dessa doença que pode deixar sequelas irreversíveis a nossas crianças", ressalta Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap.



Na nota enviada aos municípios, a Secretaria solicita as gestões municipais fortaleçam as ações de vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas e de vacinação, a fim de proteger as crianças menores de 5 anos e alcançar "altas e homogêneas" coberturas vacinais na rotina e nas campanhas.


Dia D de Vacinação

Uma das estratégias articuladas será a realização do Dia “D” de mobilização estadual no próximo dia 17 de setembro, além da ampliação do horário de funcionamento nos postos aos sábados ou em outros horários, como o turno da noite.


Entre outras ações, a Sesap sugere a busca ativa através das equipes de estratégia de saúde da família e parcerias com outros setores estratégicos para divulgação, como escolas, igrejas e sindicatos.


A vacina contra a poliomielite é indicada para crianças de 1 a menores de 5 anos. O esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), administradas aos dois, quatro e seis meses, com a vacina oral poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

Fonte: g1

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