quinta-feira, setembro 08, 2022

Naufrágio em Belém: 11 mortes são confirmadas e 8 pessoas seguem desaparecidas, diz governo

O naufrágio de uma lancha que transportava passageiros da Ilha do Marajó para Belém nesta quinta-feira (8) deixou 11 pessoas mortas e 8 desaparecidas. A embarcação transportava 82 pessoas e 63 conseguiram ser resgatadas com vida, informou o Governo do Pará durante coletiva de imprensa.


No início da tarde, a Marinha e a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) diziam que o barco transportava 70 pessoas e que 14 tinham morrido e 30 tinham sido resgatadas. Os números foram corrigidos só após a coletiva.


A lancha não possuía autorização para transporte intermunicipal de passageiros e saiu de um porto clandestino, segundo a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa).



Os bombeiros procuram por desaparecidos com apoio de mergulhadores. Ao menos nove embarcações e um helicóptero também são usados nas buscas.


Imagens que circulam em redes sociais e gravadas por um passageiro mostram quando a água começa a entrar no barco - veja no vídeo acima. A Marinha diz que vai investigar o naufrágio.


A embarcação fazia o trajeto entre a localidade de Camará, na cidade de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, para Belém .O naufrágio ocorreu próximo à Ilha de Cotijuba, por volta de 9h30.


A lancha Santa Lourdes é da empresa M. Souza Navegação, que já havia sido notificada pela Arcon por operar sem autorização. O g1 procurou a empresa e aguarda retorno. A causa do naufrágio não foi informada pelas autoridades.


"A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa) informa que já havia notificado a empresa responsável pela embarcação e comunicou a Capitania dos Portos sobre a irregularidade do transporte aquaviário que estava sendo realizado. A embarcação não possui autorização para realizar transporte intermunicipal aquaviário de passageiros junto ao órgão estadual e realizou a viagem partindo de um porto clandestino na localidade de Camará, Marajó", informou a agência em nota.


Em nota, a Marinha informou que "equipes de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) e do Aviso Hidroceanográfico Fluvial “Rio Xingu” estão realizando buscas no local".


Após naufrágio na região de Belém, praia na Ilha de Cotijuba estava sendo usada para receber resgatados nesta quinta-feira — Foto: Redes sociais/Reprodução


O governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais que foi criado um gabinete de crise de segurança para acompanhar as ações do naufrágio. O governador suspendeu a agenda desta quinta-feira (8) em Redenção, no Sul do Pará, para voltar a Belém.


A Secretaria de Saúde de Belém (Sesma) está prestando atendimento aos resgatados. "O Serviço Atendimento Móvel Urgência (Samu) está na área, por meio da ambulancha e das ambulâncias, ajudando no resgate das vítimas do acidente", informou em nota.



Segundo a prefeitura de Belém, os sobreviventes estão sendo levados à Unidade Básica de Saúde (UBS) da Ilha de Cotijuba e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci e da UBS Marambaia, as duas na região continental da capital paraense.


Fonte: g1

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