quarta-feira, agosto 24, 2022

Para investigadores, operação da PF dificultará financiamento de atos golpistas



Investigadores à frente do inquérito que apura a atuação de milícias digitais contra a democracia avaliaram ao blog nesta quarta-feira (24) que a operação da Polícia Federal que mirou empresários nesta terça (23) dificultará o financiamento de atos golpistas.


Após ordem de Moraes, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a oito empresários que compartilharam mensagens golpistas em um grupo de mensagens de um aplicativo.


O site Metrópoles informou que esses empresários, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), defenderam um golpe de Estado caso o candidato à reeleição perca em outubro; todos negam ter defendido golpe.


Segundo apurou o blog, além das mensagens trocadas, a operação também foi baseada no fato de que a Polícia Federal já vinha investigando parte dos empresários desde as manifestações do Sete de Setembro do ano passado, quando apoiadores de Bolsonaro foram às ruas defender pautas antidemocráticas e inconstitucionais. Na ocasião, o próprio presidente discursou fazendo ameaças golpistas.


O principal objetivo da investigação, agora, é descobrir quem estava financiamento essas manifestações. A PF encontrou vários indícios de que esses atos têm como fonte de recursos um mesmo grupo, já que o material usado é padronizado.


Os investigadores avaliam que a operação desta terça vai coibir e inviabilizar financiamentos de atos antidemocráticos a partir de agora.


Divergência entre Moraes e Aras

A operação desta terça-feira gerou um atrito entre o ministro Alexandre de Moraes, que atendeu a um pedido da Polícia Federal, e o procurador-geral da República, Augusto Aras.


Após a operação contra os empresários, Augusto Aras divulgou uma nota afirmando não ter sido informado oficialmente sobre a decisão de Alexandre de Moraes.


Horas depois, o gabinete do ministro do STF se pronunciou sobre o caso e disse que, sim, a Procuradoria Geral da República havia sido notificada.


Augusto Aras, integrantes do Palácio do Planalto e empresários reclamam da operação, criticando a quebra do sigilo bancário e o bloqueio de contas bancárias dos empresários.


Para eles, uma conversa em um grupo de mensagens não justifica tal decisão.


Investigadores ainda não se pronunciaram publicamente sobre essas críticas.


Fonte: Blog do caldo Cruz

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