quinta-feira, agosto 25, 2022

Juiz dos EUA dá ordem para divulgar versão editada do documento que justificou a busca e apreensão na casa de Donald Trump em Mar-a-Lago

O juiz Bruce Reinhart, dos Estados Unidos, ordenou nesta quinta-feira (25) que o Departamento de Justiça (órgão semelhante ao Ministério da Justiça) torne pública uma versão editada do documento que justificou o pedido para que o FBI revistasse a residência do ex-presidente Donald Trump na Flórida em busca de documentos confidenciais.


Ex-presidente dos EUA, Donald Trump — Foto: Carlos Barria/REUTERS


O objetivo é tornar público o motivo que fez com que as autoridades acreditassem que Trump tinha em casa documentos que não deveriam estar lá .


A ordem do juiz foi dada depois que agentes federais enviaram, sob sigilo, partes da declaração que eles querem manter em segredo à medida que a investigação avança.


O juiz disse que o departamento deve apresentar sua versão redigida até o meio-dia de sexta-feira (26). O texto provavelmente será bastante editado pelo departamento, e por isso pode ser que não haja novas informações a respeito do que motivou a operação de busca e apreensão.


O prazo inicial que Reinhart havia dado ao Departamento de Justiça era esta quinta-feira, mas depois ele mudou porque a edição pode ser trabalhosa.


O que se sabe sobre a operação?

Na noite do dia 8 de agosto, o ex-presidente Donald Trump, dos EUA, publicou uma nota na qual afirmava que um grupo de agentes do FBI fazia uma operação em sua casa de Mar-a-Lago.


Não foi uma invasão a força, já que o FBI avisou o Serviço Secreto, que protege o ex-presidente, antes de chegar, de acordo com a rede NBC. Lá dentro, passaram horas revistando a residência. Abriram, inclusive, uma caixa forte.



O mandado de busca autorizou agentes do FBI a apreender materiais da residência de Trump em Mar-a-Lago para investigar crimes relacionados à Lei de Espionagem, que proíbe a retenção não autorizada de informações de segurança nacional que possam prejudicar os EUA ou ajudar um adversário.


Junto ao mandado, foi divulgado um inventário do que foi apreendido pelo FBI em Mar-a-Lago: 11 conjuntos de documentos confidenciais, entre os quais havia quatro que eram ultrassecretos e três secretos.

Por que o FBI fez a operação?

A declaração deve ter informações importantes sobre o motivo pelo qual o FBI executou um mandado de busca em Mar-a-Lago em 8 de agosto, mas já se sabe o que foi levado: 11 conjuntos de documentos sigilosos, incluindo informações que têm o nível mais secreto de sigilo.


Os documentos também mostraram que o FBI estava investigando a “retenção intencional de informações de defesa nacional”, a ocultação ou remoção de registros do governo e obstrução de uma investigação federal.


Departamento de Justiça não quer revelar

O Departamento de Justiça é contra a liberação do documento que motivou a ação do FBI, dizendo que a divulgação coloca em risco uma investigação criminal em andamento e que isso iria revelar informações sobre testemunhas e iria tornar públicas técnicas de investigação.



Reinhart disse que, embora entenda as preocupações do departamento, não vai manter todo o documento em sigilo e deu ordem para que os funcionários do Departamento de Justiça enviem a ele a edição do documento refletindo as informações que desejam manter em segredo.


Fonte: g1

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