quinta-feira, julho 14, 2022

Médica dos EUA é investigada após fazer cirurgia de aborto em menina de 10 anos

Autoridades do estado de Indiana, nos Estados Unidos, estão investigando a ginecologista Caitlin Bernard, que realizou um aborto em uma menina de 10 anos que havia sido estuprada.


Mulheres fazem protesto após decisão da Suprema Corte dos EUA de não reconhecer o direito ao aborto — Foto: Michael A. McCoy/Reuters


A menina foi estuprada em maio por um imigrante irregular guatemalteco que foi detido na terça-feira (12).


No início do mês, a doutora Bernard disse que recebeu a menina em Indianapolis após ser contatada por um colega do estado de Ohio.


Uma lei que proíbe o aborto após a sexta semana (nem mesmo em casos de estupro ou incesto) entrou em vigor em Ohio no mês passado, depois que a Suprema Corte revogou a proteção para o direito de interromper uma gravidez.


Já em Indiana, os abortos legais são permitidos até a 21ª semana de gravidez. Autoridades estatais, em sua maioria do Partido Republicano, se opõem ao direito ao aborto e consideram proibi-lo.


Procurador-geral de Indiana

O procurador-geral do estado, Todd Rokita, criticou Bernard na noite de quarta-feira, acusando-a de não relatar o caso às autoridades, conforme exigido pela lei.


"Temos essa ativista a favor do aborto atuando como médica com histórico de não notificar" os casos em que é obrigada a fazê-lo, disse Rokita ao canal Fox News.



Na entrevista, ele falou que a procuradoria está reunindo informações e provas e que tentará cassar a licença profissional da médica.


Caso chamou a atenção de Biden

O presidente Joe Biden, que é favorável ao direito ao aborto, citou este caso para criticar a decisão recente da Suprema Corte que não reconhece mais esse direito nos EUA. "Dez anos! Estuprada, grávida de seis semanas, traumatizada e agora obrigada a ir para outro estado", disse Biden, durante uma cerimônia na última sexta-feira.


Oposição ao direito ao aborto

Até que o suspeito fosse preso, a imprensa conservadora e autoridades de Ohio questionavam se a história era verdadeira.


Agora, opositores ao aborto acusam os defensores deste direito de usar a menina para promover sua causa e culpam a política migratória de Biden pela tragédia, uma vez que o agressor é um imigrante que entrou ilegalmente no país.


"Esta situação horrível foi causada por marxistas, socialistas e aqueles da Casa Branca que advogam por uma fronteira sem lei", afirmou Rokita.


Fonte: g1

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