terça-feira, julho 05, 2022

Chuvas são registradas em 131 municípios do Rio Grande do Norte

As chuvas do final de semana superaram a média esperada para o mês inteiro no Leste Potiguar, segundo a Emparn. Foram registradas chuvas em 131 municípios do RN. Pelo menos 65 cidades já atingiram volumes esperados para o mês.


Elisa Elsie


De acordo com o chefe da unidade de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, julho tradicionalmente é o mês que mais registra chuvas no Rio Grande do Norte. As causas, segundo Bristot, decorrem do aquecimento do oceano Atlântico, com temperaturas acima em 1,5ºC, registrando em torno de 28.4°C, que traz umidade para atmosfera do continente associada aos ventos de Leste que atuam na costa do Nordeste.


“Estamos no período chuvoso no litoral do Nordeste. O mês de julho faz parte desse período, que começa em abril e se estende até meados de agosto. As condições de chuva dependem do que acontece no Atlântico Sul. Essas condições que favorecem é a alta pressão do Atlântico Sul, que esteja mais intensa que o normal, e a temperatura no litoral também esteja acima do normal. Esses fatores estão presentes no momento”, comenta Bristot.


A previsão para a semana é de mais chuvas no Rio Grande do Norte e em Natal, segundo análises meteorológicas da Emparn. De acordo com Gilmar Bristot, a perspectiva é que chuvas sejam registradas durante toda a semana, com precipitações mais intensas a partir da quinta-feira (7).


“Podemos ter pancadas de chuvas isoladas na Grande Natal, nada como aconteceu neste domingo. Essa condição de poucas chuvas com ocorrência de pancadas à noite, de madrugada e início da manhã, deverá continuar pelo menos até quarta-feira (6). De quarta para quinta poderemos ter chuvas mais fortes, com índices pluviométricos superiores a 50 mm em 24h”, complementou Bristot. 


Doações


As fortes chuvas que afetaram Natal na capital neste domingo (3) deixaram famílias que vivem em ocupações de Natal em situação crítica. Na Ocupação Emannuel Bezerra, na Ribeira, zona Leste, a chuva invadiu o galpão e várias famílias perderam os poucos pertences que tinham. O grupo está buscando doações para tentar se reabilitar.


“A principal questão é que a ocupação fica numa rua que alaga em frente, então não conseguíamos tirar a água. Foi um dia bastante complicado. A maior parte das famílias perdeu tudo. Elas já tinham perdido antes, recuperamos  com doação e solidariedade, com geladeira, etc. Conseguimos recuperar geladeira e agora queimou novamente”, comenta Matheus Araújo, coordenador do Movimento de Lutas nos Bairros de Natal (MLB). 


Ao todo, são cerca de 36 famílias, totalizando cerca de 300 pessoas na Emannuel Bezerra. As famílias estão alocadas no galpão desde março de 2021. Para Matheus Araújo, do MLB, é necessário que a prefeitura propicie outro espaço para as famílias sem moradia, uma vez que o galpão alugado tem apresentado problemas durante as chuvas.


“Vamos lutar pela realocação do espaço. Porque esse prédio é alugado pela prefeitura e vamos tentar ir para outro prédio. Aqui não tem a mínima condição, não só pelo alagamento, por tudo”, aponta. As famílias pedem doações para atravessar o momento de dificuldade. Para ajudar, é possível doar às ocupações diretamente itens de higiene pessoal, roupas, alimentos e colchões. Também é possível ajudar por meio do Pix: (84) 98707-2030.


Fonte: Tribuna do Norte

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