domingo, maio 08, 2022

Diante de ameaças de Bolsonaro, interlocutores de Lula consultam militares sobre risco de golpe

Interlocutores do ex-presidente Lula intensificaram nas últimas semanas contatos com generais da ativa para consultá-los a respeito de um eventual golpe institucional – a depender do resultado eleitoral – com apoio das Forças Armadas.


Comandante da Marinha e Jair Bolsonaro durante desfile militar em Brasília em 2022 — Foto: Marcos Corrêa/PR


Esses assessores do ex-presidente – que trabalharam nos governos Dilma e Lula e têm interlocução com a cúpula militar das Forças Armadas, relataram ao blog que recebem como resposta – de generais da ativa – que não apoiarão “loucuras” de Jair Bolsonaro, e que os militares que patrocinam suas ameaças não teriam “força” para levar adiante uma ruptura institucional.


No entanto, admitem a assessores de Lula que Bolsonaro é bem-sucedido na estratégia de misturar a imagem das Forças Armadas com a do governo, como se os militares – de forma unânime – apoiassem o governo contra “tudo e contra todos, principalmente contra o PT”.


Mas a estratégia de Bolsonaro não é um voo solo – tem, sim, o aval de militares que se deixam usar como patrocinadores das ameaças golpistas do presidente – como as reiteradas dúvidas a respeito das urnas eletrônicas.


A mais recente foi o ofício do Ministério da Defesa, na quinta-feira (5), pedindo ao TSE que divulgasse perguntas elaboradas pelo Exército a respeito da segurança das urnas.


O TSE já divulgou cerca de 700 páginas com respostas sobre as perguntas pautadas por Bolsonaro – mas o governo insiste em manter viva a narrativa sobre as urnas para agradar à sua militância e, ontem, enviou esse novo ofício ao TSE.


Fonte: Andréia Sadi

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