segunda-feira, abril 04, 2022

Governo errou ao não ver risco de conflito de interesse de Landim e Pires na Petrobras, dizem aliados



Assessores do presidente Jair Bolsonaro avaliam que a polêmica envolvendo as indicações de Rodolfo Landim e Adriano Pires para a Petrobras mostra que alguém no governo errou ao não analisar o risco de conflito de interesses envolvendo os dois e a empresa.


Rodolfo Landim foi indicado em 6 de março para o Conselho de Administração da Petrobras e, neste domingo (3), desistiu da indicação alegando que quer se concentrar no Flamengo.


Adriano Pires, por sua vez, foi indicado em 28 de março para a presidência da empresa, mas comunicou ao governo nesta segunda (4) que não quer mais o cargo. O governo tenta reverter a decisão.



O comitê da Petrobras que analisa o currículo dos indicados o conselho de administração e direção da estatal apontou risco de conflito de interesses caso Landim e Pires assumissem ou assumam os cargos.


O motivo é que os dois têm relação com empresários que mantêm negócios na estatal e teriam de tomar decisões à frente da empresa que poderiam beneficiar esses empresários.


O Ministério Público já pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que apure se há conflito de interesse porque Pires comanda uma empresa de consultoria especializada em inteligência, regulação e assuntos estratégicos para o setor de energia.


Adriano Pires

No caso de Adriano Pires, outro problema é o comando da empresa de consultoria dele, o Centro Brasileiro de Infraestrutura, da qual ele tem de se desvincular para assumir a presidência da Petrobras.


O plano de Adriano era transferir o comando de sua consultoria para seu filho, Pedro Pires, que é sócio-diretor da CBIE.


Só que as regras da estatal impedem alguém de assumir a sua presidência se ele tiver um parente até de terceiro grau em empresa com negócios com a Petrobras.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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