segunda-feira, março 21, 2022

Rússia bombardeia escola de arte onde estavam abrigadas 400 pessoas, diz conselho municipal de Mariupol

 Forças russas bombardearam uma escola de arte na cidade ucraniana de Mariupol, cercada pela Rússia, disse o conselho municipal da cidade na manhã deste domingo (20). De acordo com os ucranianos, 400 pessoas estariam abrigadas na escola. Ainda de acordo com o conselho, não havia informações sobre o número de vítimas do ataque, mas o prédio teria sido destruído e haveria pessoas sob os escombros.


Uma mensagem divulgada nos canais oficiais do conselho no Telegram informa que mulheres, crianças e idosos estavam abrigados na escola de arte G12. A mensagem ainda acusa os russos de crimes de guerra, seguindo a linha do discurso do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Em uma transmissão na noite de sábado (19), Zelensky disse que o cerco a Mariupol "entraria para história pelos crimes de guerra cometidos".


Mísseis hipersônicos


A Rússia diz ter usado no último sábado (19), pela primeira vez, mísseis hipersônicos Kinzhal . O ataque, de acordo a agência estatal Ria Novosti, teve o propósito de destruir um local de armazenamento de armas no oeste da Ucrânia. De acordo com o jornal The New York Times, um porta-voz do exército ucraniano confirmou o ataque ao depósito, mas não o tipo de míssil usado. A seguir, entenda por que os mísseis hipersônicos são considerados mais destrutivos e perigosos que mísseis comuns:



Lançados de caças MiF-31, têm capacidade de atingir alvos a 2 mil quilômetros de distância

Atingem velocidade dez vezes maior que a do som e viajam a 6 mil quilômetros por hora

São capazes de realizar manobras.

Esse tipo de míssil desafia todos os sistemas de defesa antiaérea.

A Rússia nunca havia informado sobre o uso deste míssil balístico em nenhum dos dois conflitos em que participa - Ucrânia e Síria.


Civis mortos


Bombeiros apagam incêndio em prédio residencial de 16 andares em Kiev, capital da Ucrânia, no dia 15 de março de 2022 — Foto: Sergei Supinsky/AFP


O escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) informou no sábado (19) que pelo menos 847 civis foram mortos e 1.399 ficaram feridos na Ucrânia até 18 de março.


A maioria das mortes foi causada por armas explosivas, como bombardeios de artilharia pesada e sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, além de mísseis e ataques aéreos, disse o órgão.


Segundo a agência de notícias Reuters, acredita-se que o número real seja consideravelmente maior, já que o ACNUDH, que possui uma grande equipe de monitoramento no país, ainda não conseguiu verificar os relatos de vítimas de várias cidades gravemente atingidas.


Fonte: g1

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