segunda-feira, março 21, 2022

Influencer com mais de 1 milhão de seguidores é preso no DF por exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na manhã desta segunda-feira (21), quatro pessoas suspeitas participação em um esquema criminoso voltado à prática de jogos de azar e lavagem de dinheiro.


Youtuber conhecido como Klebim é preso no DF — Foto: TV Globo/Reprodução


Entre os detidos está o youtuber brasiliense Kleber Moraes, conhecido como "Klebim", que tem mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, no canal "Estilo Dub". Os mandados são de prisão temporária, por cinco dias. Os demais presos são:


Pedro Henrique Barroso de Neiva, de 37 anos

Vinícius Couto Farago, de 30 anos

Alex Bruno da Silva Vale, de 28 anos


Segundo as investigações, o grupo atuava desde o ano passado com o sorteio de veículos em rifas, e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada e "laranjas" (entenda abaixo). Em dois anos, os suspeitos faturaram R$ 20 milhões, de acordo com a polícia.



Em nota, o advogado José Sousa de Lima, que representa os alvos da operação desta segunda, disse que "essa prisão é completamente arbitrária, desproporcional e ilegal. Fruto de uma pirotecnia para criar constrangimentos e fatos midiáticos. Confiamos que o Poder Judiciário corrigirá essa arbitrariedade revogando imediatamente essa prisão".


Foram cumpridos oito mandados de busca em Águas Claras, Guará e Samambaia, no Distrito Federal. Os investigadores apreenderam nove veículos de luxo, entre eles uma Lamborghini e uma Ferrari. Os carros estão avaliados em R$ 3 milhões cada um.


A mansão do líder do grupo, localizada no Park Way, também foi alvo da operação. Foram bloqueados R$ 10 milhões das contas dos investigados. Além dos veículos de luxo, foram apreendidos vários outros carros, uma motocicleta e um jet-ski.


Youtuber do DF é preso por esquema que movimentou R$ 20 milhões — Foto: Reprodução


Esquema criminoso

A operação ganhou o nome de "Huracán", modelo de carro de luxo. A investigação aponta que a associação criminosa era liderada por youtubers, que promoviam rifas de veículos em redes sociais. A prática é proibida pelo governo federal, por ser considerada exploração de jogos de azar.


Os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais, e as rifas eram anunciados em um site. Como possuíam milhões de seguidores, os investigados pela operação vendiam facilmente as rifas, segundo a polícia.


Os valores arrecadados seguiam para as contas de empresas de fachada e eram utilizadas para aquisição de novos veículos, registrados em nome de "testas de ferro".


Influenciadores aproveitam popularidade nas redes sociais para vender rifas de veículos no DF — Foto: Reprodução


Fonte: g1

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