segunda-feira, novembro 22, 2021

Polícia descarta terrorismo em atropelamento nos EUA

Autoridades americanas descartaram nesta segunda-feira (22) a possibilidade de que o atropelamento que deixou cinco mortos em um desfile de Natal no Wisconsin tenha sido um ato terrorista.


O chefe do Departamento de Polícia de Waukesha, Dan Thompson, disse em entrevista coletiva que "não há evidências de terrorismo". Segundo o policial, o suspeito - identificado como Darrell Brooks Jr., de 39 anos - estaria fugindo de um "distúrbio doméstico", sem dar maiores explicações.


Cinco pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas depois que o SUV invadir o desfile em Waukesha, no estado do Wisconsin, no domingo (21). O motorista atropelou dezenas de pessoas, incluindo jovens que acenavam com pompons e um grupo de "Vovós Dançarinas".


Um vídeo publicado na internet mostra um veículo utilitário esportivo (SUV) vermelho avançando em alta velocidade através de um desfile natalino nos Estados Unidos e atropelando mais de uma dúzia de pessoas, até a multidão correr das calçadas para prestar assistência (veja no VÍDEO acima).


"A esta altura, podemos confirmar que cinco pessoas faleceram e mais de 40 estão feridas", disse o Departamento de Polícia de Waukesha em sua página no Facebook. "Entretanto, estes números podem mudar à medida que coletamos informações adicionais."


Imagem mostra momento em que carro avança contra desfile nos EUA em 21 de novembro de 2021 — Foto: Reprodução/Angela O'Boyle via NBC


O chefe de polícia de Waukesha, Dan Thompson, disse em entrevista coletiva que uma "pessoa de interesse" está sob custódia e que um veículo foi recuperado após o incidente na cidade, localizada a cerca de 32 km a oeste de Milwaukee.


Não há, até a última atualização desta reportagem, informações se o atropelamento tem relação com terrorismo. Thompson disse que um policial chegou a atirar contra o veículo.


O atropelamento


Imagem capturada em vídeo de transmissão de uma rede social mostra um SUV vermelho em alta velocidade invadindo desfile de Natal em Waukesha — Foto: Prefeitura da cidade de Waukesha via AFP


Policiais afirmaram que o carro rompeu barricadas que cercavam o desfile anual na cidade de Waukesha, no subúrbio de Milwaukee, pouco depois das 16h30 (horário local, 19h30 em Brasília).



Imagens mostram pessoas assistindo ao desfile quando o SUV passa em alta velocidade (veja na imagem e no vídeo acima). Segundo testemunhas, o motorista avançou contra o desfile atrás de uma banda escolar e também acertou um grupo de idosos.


"O SUV veio a toda velocidade. Então comecei a escutar pessoas gritando", contou Belen Santamaria, de 39 anos, que estava assistindo ao desfile a partir da calçada.


Outro espectador, Angelito Tenorio, disse ter visto o SUV acelerando "e então escutamos um barulho alto e choros e gritos ensurdecedores de pessoas que foram atingidas".

Uma testemunha disse a uma emissora local que o carro atingiu um grupo de dança de meninas entre 9 e 15 anos de idade e contou que a primeira reação foi de silêncio, seguida de gritos, correria e ajuda aos feridos.


Vídeos publicados nas redes sociais mostram pequenos grupos ao redor de meninas com pompons brancos espalhadas pelo chão.


"Havia pompons e sapatos e chocolate quente derramado por toda parte. Tive que passar por um corpo esmagado para o outro para encontrar minha filha", relatou Corey Montiho a um jornal local. "Minha esposa e minhas duas filhas quase foram atingidas. Por favor, rezem por todos".

O grupo "Vovós Dançarinas" de Milwaukee confirmou que algumas de suas integrantes foram atingidas. Um padre, vários fieis e alunos da Igreja Católica de Waukesha estão entre os feridos, segundo a porta-voz da arquidiocese de Milwaukee, Sandra Peterson.


O hospital infantil de Wisconsin disse ter recebido 15 pacientes até as 20h, sem o registro de mortes até então. O centro médico Aurora disse que estava cuidando de 13 pacientes, incluindo 3 em estado crítico. Já o Hospital Froedtert confirmou ter recebido feridos, mas não informou quantos.


MAPA - Atropelamento em Waukesha (Wisconsin, EUA) — Foto: Juan Silva/Arte/g1


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