quarta-feira, novembro 24, 2021

Covid-19: Senado aprova projeto que prevê repasse de R$ 3,8 bilhões para socorro ao setor cultural



O Senado aprovou nesta quarta-feira (24) o projeto que prevê repasse – da União para estados, Distrito Federal e municípios – de R$ 3,8 bilhões para o enfrentamento dos efeitos da pandemia da Covid-19 no setor cultural, um dos mais impactados pela crise sanitária.


A proposta, de autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA), foi batizada de "Lei Paulo Gustavo", em homenagem ao ator e humorista que morreu em maio deste ano, vítima da Covid-19. Paulo Gustavo era um dos artistas mais populares do país e faleceu aos 42 anos no Rio de Janeiro.


O projeto foi aprovado conforme versão proposta pelo relator Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso. O texto segue para a Câmara dos Deputados.


De acordo com a proposta, o repasse dos recursos pela União deverá ocorrer em, no máximo, 90 dias após a publicação da lei.


Pelo texto, os estados e municípios que receberem recursos deverão se comprometer em fortalecer os sistemas de cultura existentes ou implantá-los nas localidades em que esses sistemas não existam, instituindo conselhos, planos e fundos.


Conforme a proposta, dos R$ 3,8 bilhões que serão repassados:


R$ 2,79 bilhões deverão ser destinados para ações no setor audiovisual;

R$ 1,06 bilhão deverá ser destinado a ações emergenciais no setor cultural por meio de editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor ou outras formas de seleção pública simplificadas.


Para custeio das transferências a estados e municípios, a proposta autoriza o uso de:


dotações orçamentárias da União;

superávit financeiro de receitas vinculadas ao Fundo Nacional de Cultura;

outras fontes não especificadas no projeto.

Os beneficiários dos recursos deverão cumprir algumas contrapartidas, que podem ser a realização de exibições gratuitas; de atividades destinadas a redes pública de ensino, ou privada que tenha estudantes do Prouni, entre outras. O projeto exige prestação de contas sobre utilização as verbas.


Conforme a proposta, os recursos poderão ter de ser devolvidos pelos municípios e pelos estados caso não sejam feitas as devidas adequações orçamentárias nos prazos previstos na proposta.


Ainda segundo o projeto, na implementação das ações no setor cultural deverão ser assegurados mecanismos de estímulo à participação e ao protagonismo de mulheres, negros, indígenas, povos tradicionais, pessoas LGBTQIA+, com deficiência, entre outros grupos.


O texto autoriza o uso dos recursos por estados e municípios até o fim de 2022, prazo que poderá ser prorrogado no caso de impedimentos previstos na legislação eleitoral.


"Como a pandemia ainda persiste, faz-se necessária a concessão de uma nova rodada de apoio financeiro", afirmou o relator da proposta, Eduardo Gomes.


"A cultura é extremamente importante para que tenhamos mais tolerância quanto aos comportamentos de diversas nações e povos, reforcemos os nossos laços de identidade nacional e aumentemos a criatividade na execução de nossos afazeres diários, seja na escola, seja no trabalho", acrescentou o emedebista.


Fonte: g1

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