domingo, agosto 22, 2021

Cantor Eduardo Araújo não é encontrado pela PF para depor; casa na Grande SP estava à venda

O cantor e compositor da Jovem Guarda, Eduardo Araújo, não foi encontrado pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20) durante mandado de busca e apreensão. A casa dele em Cotia, na Grande São Paulo, estava vazia.


Cantor Eduardo Araújo fala sobre a morte de Asa Branca — Foto: Arquivo pessoal


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que Eduardo Araújo fosse ouvido na investigação da PF que apura a participação de pessoas que usaram redes sociais para gravar e divulgar mensagens que incitam atos violentos e ameaças à democracia.


Até a última atualização desta reportagem, o cantor não havia sido localizado para comentar o assunto. Desde sexta, a GlobloNews e o G1 tentam contato com Eduardo Araújo.


De acordo com fontes da Polícia Federal, o imóvel do cantor estava à venda. Além da busca e apreensão no local, o mandado que agentes tentaram cumprir determinava que Eduardo Araújo prestasse depoimento. Como ele não foi encontrado na residência, os policiais fizeram um Termo Circunstanciado (TC) informando à Justiça Federal a razão de a busca não ter sido feita.


Na prática, quando isso ocorre, a Justiça costuma indicar um novo endereço para que os policiais o procurem e o intimem para ser ouvido.



Sérgio Reis


Além de Eduardo Araújo, o cantor Sérgio Reis também foi alvo de busca e apreensão pelo STF. Uma casa de Sérgio Reis, que fica em Mairiporã, na Região Metropolitana de São Paulo, foi vistoriada por agentes da PF.


O artista deveria depor na sexta na sede da Polícia Federal, na capital paulista. Ele também não foi localizado para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem.


Ao todo, 13 mandados foram autorizados por Moraes e atendem a um pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR). Houve buscas no gabinete do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) na Câmara dos Deputados, em Brasília(veja abaixo).


Os alvos foram:


Sérgio Bavini (o cantor Sérgio Reis, no nome artístico);

Otoni Moura de Paulo Júnior, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ);

Alexandre Urbano Raitz Petersen;

Antônio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil);

Bruno Henrique Semczeszm;

Eduardo Oliveira Araújo, cantor;

Juliano da Silva Martins;

Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé́ Trovão;

Turíbio Torres;

Wellington Macedo de Souza.

Agentes da Polícia Federal (PF) foram a 29 endereços no Distrito Federal (1), além dos estados de Santa Catarina (6), São Paulo (2), Rio de Janeiro (1), Mato Grosso (1), Ceará (1) e Paraná (1).


“O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”, informou a PF, em nota.


A GloboNews apurou que há indícios de ameaças a ministros do STF, a senadores e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).


Moraes determinou que todos os investigados, à exceção de Otoni, não podem se aproximar da Praça dos Três Poderes.


Após o vazamento de um áudio em que Sérgio Reis defende a paralisação de caminhoneiros para pressionar o Senado a afastar ministros do STF, subprocuradores-gerais pediram à Procuradoria da República, no Distrito Federal, a abertura de investigação a respeito do caso.


Em entrevista ao jornal "O Globo", o artista disse se arrepender de ter mandado o áudio para um amigo.


Já Otoni foi denunciado pela PGR ao STF em julho de 2020 pelos supostos crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas a Alexandre de Moraes. No mês seguinte, a Justiça de São Paulo determinou a exclusão das postagens.



Nas redes sociais, Otoni afirmou que “não há nada melhor que não dever nada a ninguém” e chamou Moraes de “tirano”. “Não tenho o que temer, pois nunca incitei a população contra as instituições basilares da República”, afirmou. “Mas sou e continuarei sendo crítico ao comportamento de ministros do STF”, emendou.


O parlamentar acrescentou que foi intimado a comparecer à PF e que agentes levaram um celular e um laptop.


Fonte: G1

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