domingo, abril 25, 2021

Governo abre processos contra três servidores da Saúde após investigar fura-filas da vacinação



O governo de Minas Gerais informou, na manhã deste sábado (24), que a Controladoria-Geral do Estado (CGE) concluiu as apurações preliminares sobre as denúncias sobre irregularidades na vacinação de servidores da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Segundo o Executivo mineiro, três servidores responderão a processos administrativos. O nome deles não foi divulgado.


No mês passado, denúncias sobre desrespeito à ordem de prioridade da imunização entre funcionários da Saúde passaram a ser investigadas pelo governo e também pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Depois que o caso veio à tona, o então secretário Carlos Eduardo Amaral, o então secretário-adjunto Marcelo Cabral, dentre outros servidores, foram exonerados.


“As investigações preliminares apontam que há indícios de irregularidades, como a inobservância de normas e da ordem de priorização dos grupos para vacinação, do valimento indevido do cargo público e da aplicação indevida de verbas públicas para os imunizantes da Covid-19, que justificam a instauração de processos administrativos disciplinares (PAD) contra três servidores da SES”, diz a nota.


Segundo o governo, os servidores poderão apresentar defesa, que vai ser analisada por uma comissão.


As investigações serão encaminhadas ao Ministério Público de Minas Gerais e à CPI, que também investigam a ocorrência.


“Em função da extensão das apurações e dos indícios levantados pelas investigações preliminares, a realização dos trabalhos continua, por meio de novos procedimentos correcionais e de auditoria, para aprofundar as investigações”, complementou o governo.


Reunião da CPI


Nesta sexta-feira (23), a CPI dos Fura-filas se reuniu para discutir o conteúdo de um áudio que teria sido gravado durante uma reunião entre o ex-chefe de gabinete da secretaria, João Márcio Silva de Pinho, o ex-assessor-chefe de Comunicação do órgão, Everton Luiz Lemos de Souza, e outros dois servidores não identificados. Nele, eles sugerem que os funcionários deixem o teletrabalho e retornem para o serviço presencial.



Os dois funcionários foram convocados como investigados. Também foi aprovado requerimento para que a ex-assessora-chefe de Comunicação da Secretaria, Virgínia Cornélio da Silva, preste depoimento nesta condição.


Também nesta semana a CPI ouviu a subsecretária de Vigilância em Saúde do governo de Minas, Janaína Passos de Paula. Durante a reunião, a subsecretaria disse que, caso seja comprovada a aplicação de doses em servidores em teletrabalho, fora da linha de frente, a vacinação aconteceu em momento inadequado.


Fonte: G1

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