segunda-feira, janeiro 25, 2021

União Europeia critica atraso na entrega de vacina da AstraZeneca e pede transparência



O atraso na entrega de doses da vacina contra a Covid-19 anunciado pelo laboratório da AstraZeneca são inaceitáveis, afirmou nesta segunda-feira (25) a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, que apelou por "transparência" nas exportações do bloco.


"O novo cronograma de entregas é inaceitável. A União Europeia (UE) quer saber quantas doses foram produzidas, onde e a quem foram entregues. As respostas não têm sido satisfatórias até agora", disse Kyriakides.


Na sexta-feira (22), o laboratório disse que as entregas para países europeus da vacina desenvolvida em parceria com a universidade de Oxford serão menores do que o esperado, devido a uma "queda de desempenho" em uma das fábricas, disse o grupo britânico. A Comissão Europeia reservou inicialmente até 400 milhões de doses desta vacina.


Atraso da Pfizer

O anúncio aconteceu uma semana depois de o grupo americano Pfizer informar que suas vacinas, desenvolvidas com o sócio alemão BioNTech e produzidas em uma fábrica na Bélgica, também atrasariam.


A União Europeia já autorizou duas vacinas para conter a pandemia (Pzifer/BioNTech e Moderna), e espera aprovar a da AstraZeneca nesta semana com o entendimento de que a produção e distribuição permitiriam a implantação imediata.


O bloco europeu já assinou um total de seis contratos com empresas farmacêuticas e está em negociação com outras duas para um total de 2,5 bilhões de doses potenciais.



"A UE quer que as doses pré-pagas e encomendadas sejam entregues o mais rápido possível. E queremos que nossos contratos sejam totalmente honrados", acrescentou Kyriakides.


O anúncio dos atrasos nas entregas da AstraZeneca e os problemas de distribuição verificados pela Pfizer/BioNTech colocaram em xeque o ritmo das campanhas de vacinação europeias, já criticado por vários países por sua falta de agilidade.


Na semana passada, Von der Leyen havia anunciado um plano para vacinar 70% dos europeus até o final do verão boreal, em agosto, embora esses anúncios possam jogar um balde de água fria sobre essa perspectiva.


Fonte: Frances Presse

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