segunda-feira, setembro 16, 2019

Suicídio: precisamos falar sobre isso

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que, a cada ano, mais de 800 mil pessoas põem fim à própria vida. Isso significa que, no mundo, uma pessoa se mata a cada 40 segundos.

Ação durante o Setembro Amarelo — Foto: Sesc Caruaru/Divulgação
Ação durante o Setembro Amarelo — Foto: Sesc Caruaru/Divulgação

Os números divulgados pela OMS são extremamente preocupantes: o suicídio é hoje a segunda causa de mortes em jovens de 15 a 29 anos. As causas externas, como violência ou acidentes, continuam liderando como a primeira causa de óbitos nesta faixa etária.

O Ministério da Saúde aponta que, no Brasil, 11 mil pessoas se suicidam a cada ano. Houve, de 2010 a 2017, um aumento de 7% no número de pessoas que se matam, sendo que, neste período, a taxa de mortalidade foi 3,6 vezes maior entre os homens.

Entre os jovens, principalmente, a depressão parece ser um dos fatores que mais frequentemente está associada ao suicídio.
Nem sempre, porém, se consegue perceber que uma pessoa está precisando de ajuda. O mundo corrido de hoje faz com que a maioria das pessoas viva contando os segundos nos seus relógios digitais, para realizar todas as tarefas programadas para aquele dia. Nem sempre dá tempo de olhar para o lado e perceber o outro.

A grande questão é: como reconhecer uma pessoa que está pensando em colocar fim à própria vida? Quais seriam os sinais de alerta?

O Ministério da Saúde preparou para este Setembro Amarelo - mês de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio - uma cartilha onde contém as principais orientações.

Os principais sinais de atenção são:

Fique atento se uma pessoa começa a demonstrar sinais de falta de esperança, de apatia, desânimo com a vida e desinteresse pelo futuro.
Fique atento se uma pessoa disser com seriedade frases como: "vou desaparecer”; “vou deixar vocês em paz”; “eu queria poder dormir e nunca mais acordar”; “é inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar”; “sou um perdedor e um peso para os outros”; “os outros vão ser mais felizes sem mim” ou “eu não aguento mais viver”.
Fique atento se uma pessoa começar a se isolar socialmente, recusando-se a sair, ver ou falar com familiares ou amigos próximos, ficar isolada em seu quarto ou diminuir sensivelmente o interesse pelas redes sociais.
Fique atento se uma pessoa demonstrar agressividade exagerada, insônia ou sonolência excessiva.
O que fazer com uma pessoa em quem se identifica risco para suicídio?

O primeiro passo é conversar abertamente e, principalmente, saber ouvir. Sem julgamentos e sem preconceitos. A pessoa precisa de apoio e precisa entender que você pode ser um porto seguro para ela.

Procure sempre ajuda de um profissional habilitado. O Ministério da Saúde divulga os seguintes endereços para ajuda:

CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde).
UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais
Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita). O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip, 24 horas por dia, todos os dias. A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.
Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre a ligação gratuita.
Temos que encarar o suicídio de frente, sem tabus e sem preconceitos. Só assim podemos realmente ajudar quem precisa.

Fonte: Bem Estar

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