sexta-feira, agosto 17, 2018

Universidade americana anuncia que vai deixar de cobrar mensalidade de estudantes de medicina

A Universidade de Nova York (NYU, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, anunciou na tarde desta quinta-feira (16) que vai deixar de cobrar mensalidade dos estudantes do curso de medicina. A medida, segundo afirmou a universidade em um comunicado, é "possibilitar que nossos futuros médicos escolham uma especialidade com base em seus talentos e inclinações para melhor servir as comunidades mais necessitadas".

Foto da formatura da turma de 2012 de medicina da NYU (Foto: Divulgação/NYU/John Abbott)
Foto da formatura da turma de 2012 de medicina da NYU (Foto: Divulgação/NYU/John Abbott)

Segundo os dados divulgados pela instituição, até o ano letivo anterior, que terminou em junho, o custo total anual para estudar medicina na NYU era de cerca de US$ 82 mil, ou mais de R$ 300 mil. Desse valor, US$ 55 mil (mais de R$ 200 mil) eram gastos diretos com mensalidade, que, nos Estados Unidos, é considerada anualmente e chamada de "tuition".

Isso quer dizer que, a partir do ano letivo 2018-2019, os calouros de medicina da NYU vão pagar apenas os gastos com seguro-saúde, material didático e acomodação, entre outros. A medida também se extende para os veteranos que estão cursando a pós-graduação (nos Estados Unidos, o ensino de medicina acontece no nível da pós-graduação, como uma especialização), segundo explicou Kenneth G. Langone, presidente do Conselho de Administração da faculdade, em um vídeo publicado nas redes sociais da faculdade na tarde desta quinta.

"No dia em que eles pegarem o diploma, eles não vão dever nada a ninguém", explicou Langone, indicando que a preocupação por trás da mudança é o fato de que, ao acumular dívidas durante os anos da faculdade, os estudantes acabem optando por se especializar em áreas da medicina mais lucrativas, em detrimento de outras como medicina da família ou pediatria.

"Eles saem daqui livres de dívidas, olhando para o futuro, onde eles poderão fazer o que a paixão deles disser, que é ajudar as pessoas a viver a vida com mais qualidade."
Robert I. Grossman, Reitor e CEO da Faculdade de Medicina da NYU, afirmou que a medida só foi possível graças aos doadores que ajudam a apoiar as atividades da universidade, e dos membros do Conselho de Administração que encamparam a ideia.

"Nosso objetivo é fazer dos melhores e mais brilhantes futuros médicos líderes, com o potencial de transportar o sistema de saúde", disse a NYU no comunicado.

Fonte: G1

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