A Região Metropolitana de Natal e os grandes centros, como Mossoró, Pau dos Ferros, Currais Novos e Caicó abriram espaço para os eleitores independentes, aqueles que não seguem lideranças.
Esses eleitores estão sendo cada vez mais influentes nos pleitos. “Eu voto em quem não está nessa velha política. Detesto esse sistema”, reclama Amanda Souza, 23 anos.
Assim como Amanda, as pesquisas realizadas pelo instituto Certus em parceria com a FIERN indicam que existe um grande público averso às eleições e também os que estão fazendo candidatos de partidos pequenos chegarem aos topos nas intenções de votos.
As eleições deste ano terão um grande conflito. Tirando a parcela que se abstém, vota nulo ou branco, o resultado das urnas mostrará se os chamados “currais eleitorais” prevalecerão sobre o eleitorado independente.
Essa nova realidade acompanha as mudanças na legislação eleitoral que alterou em muito o modo de fazer as campanhas eleitorais. Dona Joana, 53, lembra ainda com muita nitidez do tempo em que andava quilômetros em passeatas que atravessavam Natal e terminavam com os shows de bandas famosas.
Campanhas têm que se adequar às mudanças
O tempo passou e a legislação foi restringindo cada vez mais as campanhas. Para se fazer propaganda na rua, é necessário obedecer uma cartilha de critérios para não levar multas salgadas. Isso barateou as campanhas, mas, para alguns, tirou o brilho.
O jovem Paulo Júnior, 26 anos, que cresceu “correndo atrás de trios nas campanhas” não se sente mais motivado a sair de casa para participar das mobilizações. Para ele, a sujeira da política tirou a magia da campanha.
Outros ainda seguem animados. Jean Rocha fica entusiasmado com cada bom discurso que ver de um orador de comício. Já os maus oradores o decepciona.
É dessa forma que as campanhas políticas de ruas vão sobrevivendo, com os remanescentes. No interior, prefeitos e líderes da oposição medem forças pelo povo na rua e pelo resultado dos seus apoiados. Nos grandes centros, já surgem os públicos alternativos.
Fonte: Portal no Ar
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