segunda-feira, junho 04, 2018

Vulcão de Fogo, na Guatemala, volta a entrar em erupção

O Vulcão de Fogo, na Guatemala, voltou a entrar em erupção nesta segunda-feira (4) e a retirada de moradores de áreas próximas prossegue. A atividade vulcânica deixou 38 mortos e afetou mais de 2 milhões de pessoas, de acordo com o último balanço oficial.

Vulcão de fogo visto de Los Lotes, em Rodeo, nesta segunda-feira (4) (Foto: Johan Ordonez / AFP)
Vulcão de fogo visto de Los Lotes, em Rodeo, nesta segunda-feira (4) (Foto: Johan Ordonez / AFP)

A explosão de domingo (3) foi uma das mais violentas das últimas décadas. O governo estima que 296 pessoas ficaram feridas, e milhares de moradores tiveram que deixar suas casas na região do vulcão, localizado a cerca de 50 km da capital.

A explosão desta segunda-feira interrompeu o trabalho de funcionários de resgate que retiravam corpos do vilarejo de El Rodeo. Neste domingo, o balanço era de 25 mortos. Não ficou claro se mais corpos foram encontrados ou se outras pessoas morreram em decorrência da explosão desta manhã.

San Miguel Los Lotes, no departamento de Escuintla, ficou coberta de cinza após a erupção do vulcão de Fogo  (Foto: Johan Ordonez / AFP)
San Miguel Los Lotes, no departamento de Escuintla, ficou coberta de cinza após a erupção do vulcão de Fogo (Foto: Johan Ordonez / AFP)

Também nesta segunda-feira, um terremoto de magnitude 5,2 atingiu a costa da Guatemala, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Uma testemunha da Reuters disse que o terremoto não foi sentido na capital.

No domingo, o Vulcão de Fogo ficou em atividade por mais de 16 horas e o Instituto de Vulcanologia já tinha advertido para a probabilidade de uma nova explosão. À noite, o porta-voz da Coordenação Nacional para a Redução de Desastres (Conred), David de León, disse que 3 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas e 653 foram levadas para abrigos nos departamentos de Escuintla (sul) e Sacatepéquez (oeste).

O vulcão, de 3.763 metros de altura, fica entre os departamentos de Escuintla, Chimaltenango e Sacatepéquez. Esses três departamentos foram os mais afetados pela erupção, que é considerada a mais forte desde 1974.

"Essa é a maior erupção desde 1974, temos tido erupções constantes mas não nesta dimensão, que caíram até 8 km de lava de grande magnitude", disse Gustavo Chigna, especialista do Instituto Nacional de Sismologia e Vulcanologia.

Erupção do Vulcão de Fogo vista da cidade de Alotenango, no departamento de Sacatepequez, no domingo (3)  (Foto: Orlando Estrada / AFP )
Erupção do Vulcão de Fogo vista da cidade de Alotenango, no departamento de Sacatepequez, no domingo (3) (Foto: Orlando Estrada / AFP )

A cinza lançada pelo monte atingiu os 10 mil metros de altura acima do nível do mar e cobriu várias cidades. As imagens exibidas na televisão e divulgadas nas redes sociais mostram corpos no chão, assim como veículos e casas destruídos pela erupção. O aeroporto internacional La Aurora teve que ser fechado.

Aldeia isolada
De León indicou que as tarefas de busca de corpos e desaparecidos foram suspensas durante a noite por falta de luz e pelo perigo para as equipes, informa a France Presse.

Sergio Cabañas, chefe da Agência Nacional de Gerenciamento de Desastres (Conred) do país, disse a uma estação de rádio local que um fluxo de lava havia mudado de rumo para a aldeia de El Rodeo. "Infelizmente El Rodeo foi enterrado e não conseguimos chegar à aldeia La Libertad por causa da lava e talvez haja pessoas que morreram lá também", declarou.

Criança coberta de cinzas é socorrida em El Rodeo, após a erupção de vulcão de Fogo, na Guatemala, no domingo (3)  (Foto: Fabricio Alonzo/ Reuters)
Criança coberta de cinzas é socorrida em El Rodeo, após a erupção de vulcão de Fogo, na Guatemala, no domingo (3) (Foto: Fabricio Alonzo/ Reuters)

O presidente Jimmy Morales decretou três dias de luto e estado de emergência ou calamidade em Escuintla, Sacatepéquez e Chimaltenango, mas a medida ainda precisa ser ratificada pelo Congresso.

Em setembro de 2012, houve a última emergência por erupção no país, o que resultou na retirada de 10 mil habitantes localizados em localidades ao sul do vulcão.

Fonte: G1

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