terça-feira, junho 05, 2018

Justiça afasta Wellington Magalhães do cargo de vereador em Belo Horizonte

Vereador Wellington Magalhães é levado para colocar tornozeleira eletrônica. (Foto: Reprodução/TV Globo)
Vereador Wellington Magalhães é levado para colocar tornozeleira eletrônica. (Foto: Reprodução/TV Globo)

A Justiça mineira afastou Wellington Magalhães (PSDC) do cargo de vereador de Belo Horizonte. O político já estava com o mandato suspenso por decisão da Câmara Municipal e agora está impedido de exercer as funções pela liminar. Suspeito de liderar uma organização criminosas que fraudava licitações no Legislativo, o político responde ao processo com o uso de uma tornozeleira eletrônica.

A decisão do juiz Rinaldo Kennedy Silva, publicada nesta segunda-feira (4), estendeu ainda a indisponibilidade de bens da ex-mulher do vereador, Kelly Jaqueline Magalhães, a um carro Honda, modelo HR-V. O salário do parlamentar e parte dos bens dele e da ex-mulher já estavam indisponíveis por efeito de outra decisão.

O pedido de afastamento de Wellington Magalhães foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que alegou que o político poderia influenciar no andamento do processo, já que a prisão preventiva dele foi convertida para a medida cautelar do uso de tornozeleira eletrônica.

O juiz afirmou que, segundo informações do Ministério Público, Wellington Magalhães possui “forte poder reverencial e político” que foi usado “com o objetivo de manipular testemunhas e dilapidar provas, e de intimidar autoridades”.

“O afastamento liminar do agente público é medida excepcional, utilizada antes do trânsito em julgado quando for necessário à instrução processual, tendo em vista indícios de que a manutenção do servidor em seu cargo pode influenciar ocultação de provas ou intimidação de testemunhas”, destacou o magistrado na decisão.

A assessoria da Câmara informou que ainda não foi notificada, mas disse que a decisão será cumprida. O G1 entrou em contato com a defesa do vereador e aguarda retorno.

Investigação
A Operação "Sordidum Publicae", que em latim significa "político sujo", apura possível fraude na licitação da agência de publicidade Feeling Comunicação, durante a presidência de Magalhães na Câmara. O contrato de R$ 15 milhões, feito em 2015, foi renovado por mais um ano por valor igual.

Segundo o Ministério Público, o prejuízo aos cobres públicos que o esquema teria desviado é correspondente à totalidade dos dois contratos: R$ 30 milhões.

Fonte: G1

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