Na noite do centésimo jogo do Palmeiras em sua arena, não houve chances para o São Paulo. Com um primeiro tempo arrasador, o Verdão fez 2 a 0, manteve os 100% de aproveitamento contra o Tricolor em seu estádio, encerrou jejum de quatro jogos sem vitórias no Paulistão e retomou a liderança geral do torneio, que o Corinthians havia assumido na quarta-feira. Os gols foram de Antônio Carlos e Borja. Além disso, o Verdão confirmou a primeira posição do Grupo C. O Tricolor, por sua vez, continua com questões a serem resolvidas.
COMO FICA?
A vitória leva o Palmeiras aos 23 pontos, três a mais do que o Corinthians, segundo colocado geral – esse número é importante para a definição de mando de campo nas fases seguintes do Paulistão. No Grupo C, tudo certo: o Verdão enfrenta o Novorizontino nas quartas de final e decide o confronto em casa. O São Paulo continua com 14 pontos, líder do Grupo B, mas com a mesma pontuação do São Caetano, segundo colocado.
PRIMEIRO TEMPO
Um Palmeiras ligado, um São Paulo sonolento. Parece que só o time de Roger Machado entendeu a dimensão do Choque-Rei – mesmo na primeira fase do Paulista, um clássico já decisivo para garantir a tranquilidade das duas equipes. Adiantando a marcação, o Verdão pressionou os zagueiros do Tricolor. A ponto de, dos nove desarmes palmeirenses no primeiro tempo, oito terem sido no campo de ataque, pegando a defesa rival desarrumada.
Nesse contexto, até nomes como Lucas Lima e Borja se destacaram no quesito. O atacante colombiano, por exemplo, não perdeu uma disputa sequer com Rodrigo Caio e fez seu gol, aos 31 minutos, depois de ele próprio ter pressionado Militão na saída de bola. Antes, o Palmeiras já havia brilhado na bola aérea, com gol de Antônio Carlos após escanteio cobrado por Lucas Lima. O 2 a 0 ainda saiu barato para os são-paulinos... Willian e Dudu tiveram boas chances de ampliar. O São Paulo? Bem... Apenas um chute solitário de Cueva, sem perigo para Jailson.
SEGUNDO TEMPO
Dorival Júnior sabia que não tinha mais nada a perder: lançou Nenê, Shaylon e Tréllez no intervalo, nas vagas de Hudson, Marcos Guilherme e Brenner. O início foi até animador, com Nenê, mais experiente, retendo a posse de bola para o Tricolor. Aos seis minutos, ele deixou Tréllez na cara do gol, mas o colombiano acertou o travessão, na melhor chance criada pelo São Paulo. O Palmeiras só administrou o jogo à sua feição, com as entradas de Gustavo Scarpa, Thiago Santos e Moisés. A intensidade fez a diferença no Choque-Rei.
CHOQUE-REI SEM EQUILÍBRIO
Foi o sexto clássico entre Palmeiras e São Paulo na arena. Agora são seis vitórias alviverdes, com 18 gols marcados e apenas três sofridos. Nos 100 jogos do novo estádio, o Verdão tem 66 vitórias, 17 empates e 17 derrotas, com 185 gols marcados e 83 sofridos.
CLIMA QUENTE
O Choque-Rei teve alta intensidade desde o primeiro minuto, quando Felipe Melo fez falta dura em Petros. Ainda no primeiro tempo, Dudu cometeu e sofreu outras infrações duras, e Victor Luís se desentendeu com Marcos Guilherme. No segundo tempo, com o placar favor, o Palmeiras administrou o jogo, tocou a bola e ouviu gritos de “olé” da sua torcida. Irritados, os são-paulinos apertaram a marcação, mas, felizmente, o clássico terminou em paz.
HOMENAGEM ÀS MULHERES
Antes do início do Choque-Rei, o Palmeiras lembrou o Dia Internacional da Mulher, neste 8 de março, e levou 40 sócias ao gramado com os jogadores. Elas ganharam flores e perfilaram para o Hino Nacional. Antes, também houve homenagem nas redes sociais.
PÚBLICO E RENDA
Público: 34.916 torcedores
Renda: R$ 2.302.301,06
PRÓXIMOS JOGOS
Os dois rivais voltam a campo no próximo domingo, às 17h (de Brasília), na última rodada da fase de grupos do Paulistão. O Palmeiras enfrenta o Ituano, em Itu, enquanto o São Paulo recebe o RB Brasil, no Morumbi.
Fonte: Globo Esporte
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