sexta-feira, março 09, 2018

MP pede aumento de pena para empresário condenado por matar fisiculturista em Natal

Alexandre Furtado Paes foi condenado a 13 anos de prisão (Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução)O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) entrou com um recurso nesta sexta-feira (9), para que a pena aplicada ao empresário paulista Alexandre Furtado Paes, pelo assassinato da mulher dele, a fisiculturista Fabiana Caggiano, seja revista e aumentada. Em julgamento na quarta (7) no 2º Tribunal do Júri Popular de Natal, Alexandre foi condenado a 13 anos de prisão em regime fechado.

De acordo com o promotor de Justiça Augusto Flávio Azevedo, a pena estabelecida não é adequada porque, embora Alexandre Furtado não tenha antecedentes negativos, a “sua culpabilidade é total, própria e absoluta”, disse ele.

O promotor frisa no recurso que o empresário paulista não sofreu agressão física, tem “personalidade fria, calculada e cruel” e que os motivos apresentados por ele são desproporcionais para um assassinato. “Diante da gravidade do crime cometido, a pena não representa uma expressão de justiça”, afirmou.

Preso
Dono de uma academia de musculação na cidade de Osasco, em São Paulo, Alexandre Paes passou mais de 2 anos sendo procurado pela polícia. Ele foi encontrado e preso no dia 30 de novembro de 2015 em Ibiúna, na Grande São Paulo. Depois, foi trazido ao RN. Atualmente, está detido no Centro de Detenção Provisória de Parnamirim, na região metropolitana de Natal.

Fabiana Caggiano era campeã de fisiculturismo (Foto: Reprodução/Facebook)
Fabiana Caggiano era campeã de fisiculturismo (Foto: Reprodução/Facebook)

O caso
Segundo a versão de Alexandre Paes, na manhã de 27 de dezembro de 2012, a mulher estava tomando banho quando ela teria sofrido uma queda repentina. O Samu foi acionado e já encontrou a paulista desacordada.

No dia 2 de janeiro de 2013, no entanto, a fisiculturista morreu na UTI de um hospital particular da capital potiguar. Familiares disseram que ela, enquanto esteve internada, permaneceu o tempo todo em coma induzido.

Em razão da suposta queda, o corpo de Fabiana foi removido para necrópsia no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). Laudos preliminares revelaram que a vítima havia sofrido asfixia mecânica, com características de estrangulamento.

No dia 23 de janeiro, após a conclusão dos laudos realizados pelo Itep, o delegado Frank Albuquerque confirmou que a fisioculturista havia sido assassinada. “As suspeitas foram confirmadas. Exames toxicológicos deram negativos. No entanto, os laudos complementares realmente apontam que Fabiana foi vítima de asfixia mecânica (estrangulamento)”, afirmou.

Fonte: G1

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