terça-feira, fevereiro 27, 2018

Sistema carcerário é 'home office' do crime organizado, diz Raul Jungmann

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Em discurso de posse no comando do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, o ministro Raul Jungmann disse que "quadrilhas" continuam de dentro do sistema carcerário a apavorar a cidadania e que o sistema se tornou o "home office" do crime organizado.

"Se nos olharmos mais amplamente o que vem acontecendo em termos do crime organizado, o cenário é tão desolador ou mais. [...] É dentro do sistema prisional brasileiro que surgiram as grandes quadrilhas que nos aterrorizam. Quadrilhas estas que continuam, de dentro do sistema carcerário, a controlar o crime nas ruas e a apavorar a nossa cidadania. Sistema carcerário esse que, infelizmente, continua a ser em larga medida o home office do crime organizado", afirmou o ministro.

Uma das funções de Jungmann no novo ministério será gerenciar o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) que, junto com Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional passarão a ser coordenadas pela nova pasta e não mais pelo Ministério da Justiça.

Raul Jungmann deixou o Ministério da Defesa, pasta que ocupava desde o início da gestão de Temer, em maio de 2016, para assumir o Ministério Extraordinário da Segurança Pública.

A pasta foi criada por meio de medida provisória publicada na edição desta terça-feira (27) do “Diário Oficial da União”. Com a saída dele da Defesa, assumiu a pasta de forma interina o general de Exército Joaquim Silva e Luna.

Durante a cerimônica de posse no Planalto, o ministro afirmou, ainda, que a criação do ministério tem o objetivo de integrar ações com estados e municípios. Jungmann afirmou que a criação do ministério tem o objetivo de integrar ações com estados e municípios.

“Eu diria que a União precisa ampliar suas responsabilidades e coordenar e promover a integração entre os entes federativos, estados e municípios”, disse.

O ministro defendeu o combate ao crime organizado, porém sem violar direitos humanos. “Combater duramente, enfatizo, duramente, o crime organizado, sem jamais desconsiderar a lei e os direitos humanos”, declarou.


Drogas e crime organizado
Ele também criticou a classe média que "pela froudidão dos costumes" e "ausência de valores" perde a capacidade de entreder "os limites entre o que lícito e ilicito passa a consumir as drogas" que financiam o crime organizado, ao mesmo tempo em que cobram segurança.

"Na outra ponta, nós temos aqueles a que nada falta, aqueles tem recursos, aqueles que, muitas vezes chamamos de classe média, mas que pela froudidão dos costumes, pela ausência de valores, pela ausência de capacidade de entreder os limites entre o que licito e ilicito passam a consumir as drogras", pontuou Raul Jungmann.

"Me impressiona, presidente, por exemplo, no Rio de Janeiro a onde eu vejo durante o dia as pessoas clamarem contra a insegurança, clamarem contra a violência, clamarem contra o crime e estão corretas; E a noite financiarem esse mesmo crime através do consumo de drogas", concluiu.

Carreira política
No discurso de mais de 30 minutos, Jungman, que já foi deputado federal, informou que “encerra” a carreira política para se dedicar ao ministério. Ele informou que pedirá ao PPS, partido ao qual é filiado, a suspensão suas atribuições na legenda.

Suplente na atual legislatura da Câmara dos Deputados, Jungmann avaliava deixar o governo para disputar as eleições. Com a nova missão, decidiu permanecer na equipe de Temer.

"Quero dizer que ao aceitar este cargo abro mão de uma das coisas mais caras da minha vida: a minha carreira política. Eu encerro a minha carreira política para me didicar integralmente a essa luta", disse o ministro.

Fonte: G1

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