sábado, novembro 11, 2017

Motoristas protestam em Goiânia: compram só R$ 0,50 de gasolina

Em algumas regiões, o preço da gasolina disparou. Em Goiânia, a gasolina ficou 7,87% mais cara. E não é só por causa desse aumento impressionante que os motoristas de Goiânia estão revoltados. A sensação é de estarem sendo traídos pelos donos dos postos.
Os motoristas podem até rodar pelos postos de Goiânia, mas encontram praticamente o mesmo preço para o litro da gasolina: R$ 4,49, o segundo mais caro do país. Só perde para Rio Branco, no Acre. O preço do etanol não fica atrás: R$ 3,29.
Para protestar contra com o que consideram preços abusivos e combinados, motoristas vêm usando redes sociais para marcar protestos. Um grupo fechou ruas do centro da cidade.
“Vou vender o carro. Eu quero que abaixe a gasolina”, reclamou um motorista.

Os protestos foram batizados de "Na mesma moeda". Os motoristas formam filas nos postos, abastecem com R$ 0,50 e ainda pedem a nota fiscal.
“Isso é para mostrar a nossa indignação contra o preço abusivo do combustível”, disse um motorista.

A Delegacia de Defesa do Consumidor abriu inquérito para investigar se donos de postos formaram um cartel para combinar preços. E o Procon de Goiás entrou com uma ação civil pública na Justiça contra 60 postos de combustíveis depois de fiscais constatarem aumento abusivo do preço do etanol.
“Não vimos nenhuma justificativa. Nada se alterou no contexto para que o etanol subisse de R$ 2,90 para R$ 3,29“, disse a superintendente do Procon/GO, Darlene Araújo.
O sindicato dos postos se defende. “Não existe alinhamento de preço em Goiânia. Para existir cartel, tem que ter três requisitos objetivos: combinação prévia, dolosa, com fim de manipular mercado”, afirmou Antônio Carlos de Lima, advogado do Sindiposto/GO.
Para abastecer com preços mais em conta, tem gente pegando a estrada. A 20 quilômetros da cidade, a gasolina está abaixo de R$ 4.

E tem motorista também pensando em mudar o estilo de vida.
“Acho que eu vou ter que comprar uma bicicletazinha e levar o menino para escola de bicicleta”, disse a artesã Rose da Silva.
O sindicato dos postos declarou que o estado de Goiás tem 1.620 postos e que o número de estabelecimentos autuados é considerado normal. O sindicato afirmou também que, se postos vendem combustível a preços mais altos, isso se trata de uma prática comum da livre concorrência.

Fonte: G1

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