quarta-feira, outubro 11, 2017

Cortes da Caixa em financiamentos não afetam grandes construtoras no RN

O programa Minha Casa Minha Vida passa por cortes no orçamento que têm dificultado a assinatura de novos contratos pelos pequenos construtores, mas que até o momento não afetam os negócios das grandes construtoras. Mesmo sem sentir os efeitos das mudanças, a entidade que representa os industriais da construção civil no RN já se reuniu com a Caixa.

A reunião com a Superintendência da Caixa Econômica Federal no estado aconteceu nessa segunda-feira, 9. O Sindicato da Indústria da Construção Civil, o Sinduscon, foi representado pelo vice-presidente de Obras Públicas da entidade, Marcus Garcia. Ele explicou ao PORTAL NO AR como está a situação dos industriais.

“Inicialmente, o corte orçamentário não atinge os grandes construtores porque o Ministério das Cidades modificou a aplicação dos valores para quem busca financiar as unidades construídas de forma isolada, que é o caso dos pequenos empresários. Para eles falta recurso”, explicou Garcia.

É que os grandes construtores trabalham com outras modalidades de financiamento junto à Caixa. Um dos tipos de negociação praticado pelos industriais é o de apoio à produção, no qual o recurso é disponibilizado desde o início da obra. Esse modelo, diferente da forma isolada praticada pelos pequenos, passou a ser priorizado pelo programa do Governo Federal.

Presidente da Associação Dos Empresários e Profissionais da Construção Civil, Jucimário da Silva, o Joca, também comentou o momento que afeta os pequenos construtores, representados por ele.

“Nós construímos imóveis com capital próprio. A gente só quer que a Caixa financie para o cliente, mas a Caixa diz que a acabou o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), que financia esses imóveis. Temos 700 unidades prontas sem conseguir financiamento”, contou Joca.

Sem conseguirem fazer negócios, os pequenos construtores protestaram na segunda. De acordo com eles, pessoas que deram entrada em documentações até foram aprovadas junto ao banco, mas não puderam assinar os contratos por falta do repasse.

De acordo com a Associação dos Empresários e Profissionais da Construção Civil (Aepcon/RN), esse cenário era diferente até setembro, quando os contratos fluíam normalmente. O exemplo é lembrado por Garcia como prova de que a tranquilidade vivida pelos grandes pode ser abalada. “Vivemos um momento de grandes variáveis”, pontuou.

Fonte: Portal no Ar

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