terça-feira, setembro 26, 2017

Novas sanções impostas pelos EUA atingem oito bancos da Coreia do Norte

Donald Trump discursa durante 72ª Assembleia Geral da ONU (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)
O governo de Donald Trump vai adotar sanções para punir oito bancos da Coreia do Norte e 26 funcionários dessas instituições que vivem no exterior.
As restrições se apoiam em uma ordem executiva assinada pelo presidente americano na semana passada, com o objetivo de atacar o acesso da Coreia do Norte ao sistema bancário internacional.
Além da ordem executiva aprovada por Trump, que permite às autoridades norte-americanas impor sanções contra empresas e instituições financeiras que negociarem com a Coreia do Norte, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas recentemente aprovou punições mais severas para o país.
De acordo com a Associated Press, todos os bancos sancionados estão na Coreia do Norte. Ainda segundo o Departamento do Tesouro, as 26 pessoas afetadas pelas sanções são naturais do país, e que atuam como representantes de instituições norte-coreanas na Rússia, na China, na Líbia e nos Emirados Árabes Unidos.
Segundo o secretário do Tersouro dos EUA, Steven Mnuchin, os Estados Unidos estão visando aqueles que "no mundo inteiro" facilitam as transações financeiras para a Coreia do Norte. Ainda de acordo com Mnuchin, as sanções fazem parte do esforço em isolar o país, que vem desenvolvendo um programa de armas e mísseis nucleares.
Escalada de Tensão
O bloqueio às instituições bancárias é mais um episódio na escalada de tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.
Ainda nesta segunda-feira (25), o ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, afirmou que Trump declarou guerra contra o seu país ao dizer que ele e o líder norte-coreano Kim Jong-Un não se manteriam no cargo por muito tempo. O governo norte-americano nega ter declarado guerra.

Ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, conversou com jornalistas em Nova York, nos Estados Unidos  (Foto: Shannon Stapleton/ Reuters)
Ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, conversou com jornalistas em Nova York, nos Estados Unidos (Foto: Shannon Stapleton/ Reuters)

No sábado (23), Ri Yong Ho comentou o discurso do presidente americano em sua fala na Assembleia Geral da ONU. Para o chanceler da Coreia do Norte, Trump demonstrou ser "um transtornado mental que está repleto de megalomania". No seu discurso, por sua vez, Trump afirmou na terça-feira (19) que destruiria a Coreia Norte “se não tivevesse escolha”.

Sanções

O embaixador do Reino Unido na ONU, Matthew Rycroft, e a embaixadora dos EUA, Nikki Haley, levantam as mãos durante votação de novas sanções contra a Coreia do Norte na sede do Conselho de Segurança da Onu, em Nova York, na segunda-feira (11) (Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP)
O embaixador do Reino Unido na ONU, Matthew Rycroft, e a embaixadora dos EUA, Nikki Haley, levantam as mãos durante votação de novas sanções contra a Coreia do Norte na sede do Conselho de Segurança da Onu, em Nova York, na segunda-feira (11) (Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP)

No dia 11 de setembro, o Conselho de Segurança impôs, por unanimidade, novas sanções contra a Coreia do Norte nesta segunda-feira (11) devido ao sexto e mais poderoso teste nuclear do país, em 3 de setembro, estabelecendo a proibição das exportações de produtos têxteis do país e limitando as importações de petróleo.
Foi a nona resolução de sanções aprovada por unanimidade pelo conselho de 15 membros desde 2006 sobre os programas de mísseis balísticos e nuclear da Coreia do Norte. Os Estados Unidos atenuaram um primeiro esboço de resolução mais rígido para ganhar o apoio de China e Rússia, aliadas de Pyongyang.
Na ocasião, Pyongyang rechaçou as sanções e disse que a hostilidade da comunidade internacional iria estimular novos planos nucleares. As sanções impostas pelo Conselho de Segurança representam "o mais cruel, antitético e desumano ato de hostilidade para exterminar fisicamente a população da Coreia do Norte, em especial seu sistema e governo", disse o porta-voz, de acordo com a KCNA.

Fonte: G1

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