domingo, setembro 17, 2017

Iphan analisa 'tesouro arqueológico' que deverá compor acervo da Fortaleza da Barra

Material foi retirado da praia após ação de vândalos (Foto: Renan Fiuza/G1)O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) começou a fazer as análises para identificar o valor histórico de um barril de madeira que foi localizado na praia do Tombo, em Guarujá, no litoral de São Paulo. A peça deverá compor o acervo da Fortaleza da Barra Grande de Santo Amaro.
O barril foi localizado próximo à beira do mar por um ambulante, no último domingo (10). Equipes da prefeitura demarcaram a área com um bambu, por suspeitarem que o objeto tem caráter histórico e seja proveniente de um naufrágio ocorrido na costa da cidade no passado.
O barril foi desenterrado às pressas, na última segunda-feira (11), depois que a ação de vândalos acabou causando vários danos menos de 24 horas após a descoberta. Ao ser retirado, uma caixa vazia também foi localizada. Nela, havia a inscrição fazendo referência a "60 tijolos". Todo o material foi recolhido e levado para a Secretaria de Meio Ambiente.
De acordo com o Secretário de Cultura, Paulo Fiorotto, a Secretaria de Meio Ambiente cedeu um espaço para que as peças fossem guardadas. A arqueóloga Julia Berra esteve, nesta sexta-feira (15), no local e fotografou algumas peças. Ela também visitou a área onde elas foram encontradas, na praia do Tombo.

Caixa foi localizada junto ao barril e foi retirada pelas equipes (Foto: Renan Fiuza/G1)
Caixa foi localizada junto ao barril e foi retirada pelas equipes (Foto: Renan Fiuza/G1)

A arqueóloga irá fazer um relatório que deverá apontar as características dos itens localizados e a importância histórica de cada um deles. "A primeira vista, ela me disse que talvez não tenha um valor histórico que se espere. Algumas pessoas mais velhas lembram que, por volta de 1960, que uma grande quantidade de barris de vinho atingiram a cidade, pode ser daquela época", comenta Fiorotto
Segundo o secretário, independente do valor histórico das peças, a intenção é que elas permaneçam na Cidade e façam parte do museu localizado na Fortaleza da Barra Grande. A Marinha foi notificada do caso e, como as peças foram encontradas na faixa de areia, é preciso a autorização da autoridade marinha para que seja tomada essa decisão.
"Queremos que fique em Guarujá porque faz parte da cidade. Temos um museu para receber a peça.Queremos levar para a Fortaleza da Barra Grande, independente do valor dela. Se não é objeto que seja de longa data, fez parte de um momento histórico da cidade. É uma ferramenta que nos ajuda a reativar a identidade cultural", afirmou.
Navio centenário
Os destroços de uma embarcação com mais de 50 metros de comprimento foram localizados na orla de Santos, no dia 22 de agosto. A erosão na faixa de areia da Praia do Embaré provocou o aparecimento de parte da estrutura que, segundo especialistas, pode ser de um veleiro que naufragou na costa há 120 anos.

Bambu foi usado para marcar localização de barril (Foto: Solange Freitas/G1)
Bambu foi usado para marcar localização de barril (Foto: Solange Freitas/G1)

Fonte: G1

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