terça-feira, agosto 15, 2017

Presidente do Irã ameaça sair de acordo nuclear se houver mais sanções

O presidente do Irã, Hassan Rohani (Foto: Raheb Homavandi / Reuters)O presidente do Irã, o moderado Hassan Rohani, advertiu nesta terça-feira (15) que o seu país poderia deixar o acordo nuclear assinado em julho de 2015 com o G5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, mais Alemanha) caso o governo americano decida impor novas sanções contra a república islâmica.
Em um discurso no parlamento, Rohani assegurou que o retorno à situação anterior ao acordo é possível "em um tempo curto, não em um prazo de semanas ou meses, mas de dias e horas".
"Os novos governantes dos EUA devem saber que a experiência fracassada de sanções trouxe suas administrações anteriores à mesa de negociações", lembrou Rohani ao presidente americano, Donald Trump, que é contrário ao acordo.
Rohani insistiu que o Irã poderia retornar rapidamente a "uma situação muito mais avançada (em nível nuclear) que no momento de início das negociações" do chamado Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA, sigla em inglês).
O líder da república islâmica também criticou Trump por ele ter falado "durante meses em romper o JCPOA" e, agora, para evitar o isolamento, acusa o Irã de violar "o espírito" do acordo. E tudo isto, enfatizou Rohani, mesmo com o reconhecimento da Organização Internacional de Energia Atômica (OIEA) em sete relatórios de que o Irã está cumprindo com o acordo.
"O Irã cumpriu com seus compromissos e acompanhará de maneira séria qualquer violação por parte dos demais e responderá em concordância", acrescentou o presidente.
O acordo nuclear levou ao levantamento das sanções internacionais contra o Irã em troca de uma limitação e do controle do programa atômico de Teerã.
Nos últimos meses, Washington impôs ao Irã várias rodadas de sanções relacionadas com os seus programas armamentistas, o que Teerã considera uma violação do JCPOA.
Em resposta às últimas sanções, o parlamento iraniano aprovou um projeto de lei que contém um plano de contramedidas, entre elas um reforço de US$ 500 milhões para o programa defensivo de mísseis do país.

Fonte: G1

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