sexta-feira, junho 02, 2017

Ministério Público pede prisão de 21 torcedores de Corinthians e Palmeiras

Pelo menos 25 torcedores foram detidos após confronto de torcidas do Palmeiras e do Corinthians, em Guarulhos (SP), antes da partida entre as equipes no Pacaembu pelo Campeonato Paulista. A polícia ainda apreendeu armas brancas, porretes e muitos fogos de artifício. Uma série de conflitos ocorreu na manhã deste domingo, horas antes do clássico; de acordo com a PM, o caso mais grave ocorreu na estação São Miguel Paulista da CPTM, onde um homem que não estava envolvido na confusão morreu baleado

O Ministério Público do Estado de São Paulo pediu nesta quinta-feira (01) a prisão preventiva de 21 torcedores de Corinthians e Palmeiras que se envolveram em conflito no dia 3 de abril de 2016, em São Paulo, perto da estação Brás do metrô. A altercação foi um dos estopins para a FPF (Federação Paulista de Futebol) ter decidido impor torcidas únicas em clássicos disputados na região.

Inquérito policial identificou que 18 torcedores da Mancha Alvi Verde, principal organizada do Palmeiras, criaram uma associação para o fim específico de cometer crimes, agindo com outros adeptos não identificados para prática de atos violentos no trajeto de ida ao local de realização de um evento esportivo. O grupo também é acusado de agredir um rapaz chamado Raphael Menezes de Souza Vieira, que sofreu lesões graves, e ameaçar a integridades de patrimônio e de usuários do metrô.

O Ministério Público também cita quatro integrantes da Pavilhão Nove, torcida organizada do Corinthians, por associação com finalidade específica de cometer crimes. Eles são acusados de provocar tumulto no trajeto de ida ao local de evento esportivo, ameaça a usuários e ao patrimônio do metrô, deterioração de bens e uso de rojões no interior das composições. Um dos adeptos alvinegros, contudo, tem qualificação ignorada.

Segundo a denúncia, 50 membros da Pavilhão Nove entraram no metrô em Santo Amaro, bairro da zona sul de São Paulo, e se recusaram a passar por revista de seguranças do sistema de transporte. De lá, seguiram para a estação República e embarcaram para Itaquera.

Durante o trajeto, um trem se alinhou com uma composição que estava na via oposta, sentido Barra Funda, com cerca de 700 torcedores da Mancha Alvi Verde. O grupo se dirigia ao estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), onde Palmeiras e Corinthians jogariam naquela tarde.

O relato do MP-SP é que os integrantes da Pavilhão Nove provocaram os rivais com gestos e palavras. Além disso, dispararam rojões na direção da composição vizinha. Agentes do metrô tentaram intervir, mas os disparos de fogos persistiram por dois minutos.

Em resposta, os integrantes da Mancha Alvi Verde se dirigiram aos torcedores corintianos, que estavam em número menor e ficaram acuados no interior do trem. Houve depredação de vidros e portas dos veículos, com uso de pedras e barras de ferro retiradas da própria estação do metrô.

Os integrantes da Mancha Alvi Verde conseguiram adentrar e agrediram os corintianos. Quem mais sofreu com isso foi Raphael Menezes de Souza Vieira, que precisou ficar internado entre os dias 3 e 15 de abril em decorrência dos traumas.

Ainda de acordo com a denúncia, os torcedores da Pavilhão Nove teriam conseguido escapar do local, mas houve novo confronto na estação Pedro II – mais uma vez, com luta corporal e disparo de rojões.

Os 21 integrantes das torcidas organizadas foram identificados por testemunhas e câmeras de segurança. Outros saíram ilesos por terem escondido o rosto.

Na mesma data do confronto, houve embates entre torcedores de Corinthians e Palmeiras em Guarulhos, município da Grande São Paulo, e em São Miguel Paulista, bairro da zona leste da capital. Houve um morto e pelo menos 25 presos na ocasião.

Fonte: Uol

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