sexta-feira, abril 14, 2017

Foragido de Alcaçuz é preso com armas e identidade falsa em Mossoró

Bonfim Tarcísio tinha fugido de Alcaçuz no dia 14 de janeiro deste ano. (Foto: Divulgação / PM)

Polícia Militar prendeu, nesta sexta-feira (14), um dos presos que escaparam de Alcaçuz no dia 14 de janeiro deste ano, durante rebelião que deixou pelo menos 26 mortos. Bonfim Tarcísio da Silva foi localizado em uma residência, na rua São José, no bairro Belo Horizonte, em Mossoró.
O major Maximiliano Fernandes, comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, informou ao G1 que, no momento da abordagem, Bonfim Tarcísio estava de posse de uma espingarda calibre 12, com quatro munições, e um revólver calibre 38, com mais três munições.
Além disso, o foragido de Alcaçuz também usava um identidade falsa com fotografia dele, mas nome de outra pessoa. Bonfim, que já respondia por tráfico de drogas e roubo, foi conduzido para a delegacia da Polícia Civil para ser autuado pelo flagrante das armas e documento falso.
A fuga do dia 14 de janeiro deste pelo menos 54 fugitivos, de acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte. A unidade foi palco de uma rebelião que deixou 26 detentos mortos. Inicialmente, a informação divulgada pela Sejuc era de 56 foragidos - a lista não contava com dois foragidos recapturados na Paraíba. Outros dois foram recapturados posteriormente e retirados da lista.
Confira a lista dos nomes dos detentos fugitivos:
Adeilson Nunes da Silva
Alan Dantas Marques
Alef Marrone da Silva
Antonio Ezequiel da Silva
Bonfim Tarcísio da Silva (Recapturado)
Caio Victor da França Silva
César da Silva Costa
Douglas Winnes Silva de Jesus
Eclesiastes Alves de Carvalho
Edivanildo Souza de Oliveira
Edson Corsino de Oliveira
Estefanio Silva Caetano
Etifanio Sheridan Lucas
Fabio Luiz de Oliveira
Francisco Alex Silva Câmara
Francisco Cleanto da Silva Barbosa
Francisco Danilo Nunes Aquino
Francisco das Chagas Barbosa dos Santos
Francisco Job de Oliveira
Francisco Rodrigues da Silva
Gilberto Lopes de Moura
Gilvan Rocha da Costa
Igor Alves do Nascimento
Iraclan Nascimento Queiroz
Iranilson dos Santos Silva
Izaquiel Ramos da Silva
Jeferson Santos da Silva
Jesus Alisson Cavalcanti Pereira (Recapturado)
Joalison Bruno Cabral
Jobson Luiz de Carvalho
José Batista de Souza
José Carlos Firmino sa Silva
José Francisco Xavier Neto
José Ivanildo Pinheiro de Lima
José Lindemberg Dantas Nascimento
Josenaldo Vilela Araújo
Kelvin Nascimento da Silva
Kleber Cordeiro de Morais
Laerte Ambrosio de Oliveira
Luan Franklin Anselmo da Silva (Recapturado)
Natécio de Lima
Pedro Bezerra de Oliveira
Rafael Silva de Souza
Reinaldo da Silva Xavier
Renato Berg Lopes da Silva
Rodrigo Leandro Santos
Ruliklebson Nascimento de Souza
Rumascelli Afonso de Oliveira
Shakespeare Costa de França
Thiago Balbino da Fonseca (Recapturado)
Thiago de Souza Vilarinho
Thiago Batista Coelho
Valdemir Gomes de Oliveira
Walter Valério Tenório de Araujo
Willame Albano da Silva (Recapturado)

Reconstrução de Alcaçuz
O governo do estado deverá gastar mais de R$ 3,2 milhões para recuperar e reforçar a segurança na penitenciária estadual de Alcaçuz, após rebeliões que deixaram pelo menos 26 detentos mortos. O valor total previsto pela Secretaria de Infraestrutura para execução das obras de reforma nos pavilhões 1, 2 e 3 e construção de uma cerca na área externa é R$ 2.693.214,20. Além disso, cerca de R$ 600 mil estão sendo gastos na reconstrução do Pavilhão 5, de acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania.
Investigação
A comissão especial composta por quatro delegados da Polícia Civil que investiga a matança de presos em Alcaçuz, massacre ocorrido durante as rebeliões de janeiro, deve ouvir até 400 presos daquela unidade. Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. Pelo menos 26 presos morreram. Destes, 15 tiveram as cabeças arrancadas. Muitos corpos também foram esquartejados e depois queimados dentro das celas. A matança é considerada o episódio mais violento da história do sistema prisional potiguar.
Até o momento, um total de 114 internos foi ouvido, ainda durante as semanas que ocorreram os confrontos. Destes, cinco foram apontados como líderes de uma das facções criminosas envolvidas nos confrontos, já indiciados pelos assassinatos e transferidos para presídios federais.

Fonte: G1

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