quinta-feira, abril 13, 2017

Delações da Odebrecht: Wilma de Faria é citada em delação sobre vantagem indevida em execução de obra

Ex-governadora Wilma de Faria, que é atualmente vereadora, foi citada nas delações da Lava Jato (Foto: Laurivan de Sousa)

O nome da ex-governadora do Rio Grande do Norte, e atual vereadora de Natal, Wilma de Faria (PT do B), aparece em delações da Odebrecht que deram origem à "lista de Fachin". Segundo delatores, Wilma recebeu pagamento de vantagem indevida durante a execução da obra da Estação de Tratamento de Efluentes em Natal. O nome do já falecido ex-governador e ex-deputado federal do RN, Iberê Ferreira de Souza, também aparece nas delações.
Segundo a delação, o dinheiro teria sido destinado às campanhas nas eleições de 2006, a candidatura à reeleição de Wilma como governadora e de 2010, candidatura de Wilma ao Senado e de Iberê ao governo do RN. O ex-governador e ex-deputado federal do RN, Iberê Ferreira de Souza morreu em setembro de 2014 aos 70 anos.
O G1 procurou a assessoria de Wilma de Faria, que informou que ela está internada para tratamento de saúde. Como ainda não foi comunicada da denúncia, disse que Wilma só vai se pronunciar depois que receber alta.
'Lista de Fachin'
Ao todo, 201 pedidos de inquérito foram remetidos a instâncias inferiores da Justiça Federal em todo o país. Relator da Lava Jato no Supremo, o ministro Edson Fachin também determinou a abertura de 76 inquéritos contra políticos e autoridades com base nas delações de ex-executivos da Odebrecht, informou a assessoria do STF.
O ministro enviou de volta à PGR outros 11 pedidos de investigação para nova análise. Outros 25 pedidos foram mantidos sob sigilo, por risco de atrapalhar as investigações. Foram arquivados 7 casos envolvendo autoridades, a pedido da PGR, por falta de indícios da ocorrência de crimes.
Em nota referente a todo o conteúdo das delações de ex-diretores da empresa, a Odebrecht disse entender que "é de responsabilidade da Justiça a avaliação de relatos específicos feitos pelos seus executivos e ex-executivos".

"A empresa colaborou com a Justiça, reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas, assinou um Acordo de Leniência com as autoridades brasileiras e da Suíça e com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e está comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas", diz o texto.

Fonte: G1

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